Governador do Rio foi ‘um show de marketing’
O primeiro ano de governo de Anthony Garotinho (PDT) até pode ser questionado do ponto de vista administrativo, mas mesmo seu crítico mais mal-humorado há de reconhecer: foi um show de marketing. O governador ocupou de todos os espaços abertos na mídia – ora aparecendo como o interlocutor preferido do presidente FHC entre os governadores de oposição, ora metralhando o presidente nacional de seu partido, Leonel Brizola, ora ironizando as contradições internas do PT. Resultado: nas últimas pesquisas, Garotinho surgiu com entre 69% (Vox Populi) e 79% (Ibope) de aprovação. É verdade, porém, que, neste final de 1999, o governador andou exagerando e cometeu deslizes que arranharam a sua até então vitoriosa estratégia de comunicação. No afã de demonstrar que seu governo está empenhado em combater os traficantes, na primeira reunião com os integrantes da badalada CPI do Narcotráfico, em novembro, Garotinho entregou os nomes de um juiz e de um delegado que supostamente estariam envolvidos no crime organizado.
Errou feio e, no caso do policial, a quem acusou publicamente, teve de se desmentir diante das câmeras de TV.