São Paulo - A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, criticou na tarde deste domingo (30) as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e afirmou que "eleição se ganha no voto, não no golpe, não no crime". A deputada falou com a imprensa no hotel em São Paulo onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acompanha a apuração dos votos.

Ela disse ainda que a campanha irá vencer as eleições "a despeito de tudo o que se fez" e que "não tem justificativa" para as blitze da PRF no dia das eleições. "O que aconteceu hoje é criminoso. É a utilização da PRF com fins eleitorais. Fechar as eleições com uma operação criminosa."

Gleisi criticou o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, e disse que ele é "militante da candidatura" de Jair Bolsonaro (PL), adversário de Lula na eleição. "Ele postou pedido de voto a ele. É muito grave isso que aconteceu, por isso pedimos a prorrogação [do horário da eleição]. Os eleitores do Nordeste têm o direito de votar."

Ela disse ainda que não há relatos nas redes sociais de membros da campanha de Bolsonaro "reclamando da operação" e que isso deve ser explicado, porque "é muito grave".

A parlamentar disse também que a campanha de Lula quer que essas operações sejam "investigadas minuciosamente".

Ao ser questionada se a campanha avalia não aceitar o resultado das eleições em caso de derrota do petista, Gleisi disse que não está "falando em hipóteses". "Temos que esperar o resultado se concretizar. Quero deixar registrado como deixamos registrado todos os problemas, irregularidades e crimes que aconteceram nessa campanha", disse.

"Independentemente do resultado das eleições, isso tem que ser investigado. Isso macula o Estado brasileiro, a polícia", continuou.

A presidente do PT também disse que não é possível mensurar o impacto das operações no resultado das eleições porque a campanha não sabe "efetivamente quantos chegaram nas urnas ou deixaram de votar".

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