O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, determinou o desbloqueio de R$ 166 milhões em bens e contas de Fernanda Richa e de André Richa, mulher e filho do ex-governador do Paraná Beto Richa no âmbito da Operação Integração, que é um desdobramento da Lava Jato. A decisão é de 16 de dezembro, mas só foi publicada na segunda-feira (10).

Gilmar Mendes alegou “ausência de fundamentação adequada para a imposição de restrições patrimoniais”. O bloqueio havia sido determinado pela 23ª Vara Federal de Curitiba, em 2019, a pedido do MPF (Ministério Público Federal. A determinação da Justiça foi feita durante a investigação de um esquema de pagamento de propina para agentes públicos por empresas que operavam o pedágio do Paraná. As investigações apuram um suposto esquema de corrupção nos contratos de pedágio envolvendo agentes públicos e concessionárias, entre 1999 e 2018.

Segundo informações do MPF, foram desviados 8,4 bilhões de reais, desde 2000, por meio do aumento de tarifas de pedágio do Anel de Interligação, além de obras que não foram executadas.

Na Operação Integração, Beto Richa responde por crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Já Fernanda e o filho do casal foram acusados de lavagem de dinheiro.