Imagem ilustrativa da imagem Gaeco descarta relação de prisão de ex-governador com eleições
| Foto: Fabio Alcover/2-3-2017



O coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Leonir Batisti, afirmou que a investigação que resultou na prisão temporária do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) não tem relação com as eleições que ocorrem no próximo dia 7 de outubro. O tucano é candidato ao Senado.

"O Ministério Público tenta se pautar, embora não pareça para algumas pessoas, de acordo com as próprias condições. Não há uma vedação legal de se fazer investigações no período pré-eleitoral. Eu sei que quando atinge um candidato é óbvio que isso interfere, mas não podemos parar os trabalhos por motivos desta natureza. Não foi pensado ou premeditado essa hipótese", declarou.

Durante a entrevista na sede do Gaeco, em Curitiba, Batisti apenas confirmou 15 mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão, mas não entrou em detalhes de quantos já foram cumpridos. "Como o processo está em sigilo eu não posso acrescentar outras informações. Apenas afirmo que se trata de uma investigação e não de uma acusação, ou seja, não há nenhum processo e a prisão é determinada por interesse da investigação", justificou.

A operação apura direcionamento de licitação para beneficiar empresários e o pagamento de propina a agentes públicos, além de lavagem de dinheiro no programa do governo estadual do Paraná Patrulha do Campo, no período de 2012 a 2014. "Os crimes que nós estamos investigando são fraude a licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça", informou Batisti.

LAVA JATO

Questionado sobre a operação deflagrada no mesmo dia de mais uma fase da Lava Jato, o coordenador do Gaeco respondeu que as investigações são independentes. "Foi coincidência, eu insisto, embora ninguém vai acreditar", resumiu. (Com informações do repórter Rafael Costa)