Imagem ilustrativa da imagem Francischini fala em "equilíbrio" e defende "PEC da liberdade"
| Foto: Dalie Felberg/Alep

Após liminar do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nunes Marques revertendo a cassação do seu mandado, o deputado estadual Delegado Francischini (União Brasil) disse que a decisão monocrática do magistrado restabeleceu o "equilíbrio" e defendeu uma PEC sobre "liberdade de expressão".

"Eu me sentia muito constrangido, muito humilhado por uma decisão que pegou quase 500 mil paranaenses e jogou o voto na lata do lixo. A decisão judicial na Justiça Federal tem que ser para restabelecer o equilíbrio, não para punir alguém por que discorda da posição dela”, afirmou o parlamentar em entrevista nesta sexta-feira (3) concedida à Jovem Pan News. Francischini teve o mandato cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no ano passado por usar suas redes sociais em 2018 para atacar as urnas eletrônicas durante o primeiro turno das eleições presidenciais.

LEIA TAMBÉM

Nunes Marques, do STF, reconduz Franscischini à AL

Para Francischini, a cassação foi contra a liberdade de expressão. “Uma decisão sem precedente, uma decisão que afetava a liberdade de expressão não só de um parlamentar, mas de jornalistas, comunicadores, do cidadão comum via redes sociais" completou. Ele disse ainda que deverá lançar uma PEC com coleta de assinaturas para apresentar na Assembleia Legislativa . "Eu quero colocar na constituição do Estado do Paraná, o primeiro estado a fazer isso, que a liberdade de imprensa, de comunicação, das redes sociais no Paraná é absoluta. Não pode nenhuma ordem judicial, ou projeto de lei abaixo da constituição do Estado, interferir, ou impedir o funcionamento regular." Nascido em Londrina, mas com carreira política na capital, Francischini foi o deputado estadual mais votado também entre o eleitorado londrinense, quando recebeu 29.847 votos no município ou 11,51% do total.

O líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Arilson Chiorato (PT) avalia que a decisão de Nunes Marques é provisória, podendo sofrer alterações do pleno do STF. "É um assunto delicado essa pauta, pois vinha em torno de punição severa a fakenews e essa mudança fere esse pensamento."

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.