Ex-presidentes da Codel rebatem relatório do TCE
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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2001
Lino Ramos De Londrina
O ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Luiz Guilherme Alho da Silva, negou ontem que durante sua gestão (1996) ocorreram irregularidades administrativas, como apontou relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Entre as irregularidades estão o pagamento de recursos ao Programa Paraná-Europa, desvio de verbas no Terminal Rodoviário, financiamento da campanha de Natal da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) e repasses à Liga Londrinense de Futebol de Salão e à Associação de Microempresários do Ramo de Confecções e Similares (Apercol).
Vamos demonstrar que todas nossas ações foram dentro das finalidades da Codel, afirmou Alho. Segundo ele, o convênio com o Paraná-Europa foi firmado em 1992 pela prefeitura e não pela Codel. Já o repasse de R$ 5 mil à Liga de Futsal ocorreu em 98. Sobre a suspeita de desvio de verbas no Terminal Rodoviário, ele argumentou que o caso foi denunciado em 98 com um pedido de abertura de inquérito policial. Em relação ao repasse de R$ 60 mil à Acil, Alho alegou que o convênio foi respaldado na Lei de Incentivo Fiscal. Já sobre o convênio com a Apercol, disse que foi assinado no início de 96, na gestão de Abílio Medeiros Júnior.
Medeiros esteve na Folha ontem e apresentou documentos mostrando que deixou a presidência da Codel em 14 de março de 1996 e que em 93, 94 e 95 as contas de sua administração foram aprovadas pelo TCE. Segundo ele, o convênio com a Apercol foi assinado em 95 pela prefeitura de acordo com a Lei de Incentivo Fiscal.
Sobre o convênio com a Acil, ele disse que foi assinado em outubro de 96, fora de sua gestão. Medeiros acrescentou que a denúncia de desvios no Terminal Rodoviário ocorreu em 98, assim como o repasse de R$ 5 mil à Liga de Futsal, assinado em fevereiro de 98. Mas o tribunal jogou isso nas contas de 96, reclamou.