A Justiça Federal aceitou denúncia contra seis pessoas, dentre elas, ex-executivos da concessionária Econorte, apontadas como integrantes do esquema de corrupção montado para desviar recursos dos pedágios no Paraná e que foi desmembrado pela Operação Integração, braço da Lava Jato no estado. Na ação, o MPF pede a condenação dos réus por peculato e lavagem de dinheiro, além do pagamento de multa de, no mínimo, R$ 516,9 mil, e o bloqueio de bens. A Econorte, que não aparece como parte interessada nesta ação, preferiu não comentar.

De acordo com o Ministério Público Federal, a denúncia relata a geração de dinheiro em espécie pela empresa LL Systems- Comunicação e Dados Ltda., de São Paulo, em favor da Econorte por meio de contratos parcialmente fictícios e emissão de notas falsas. Ainda segundo o MPF, valores eram usados para o pagamento de agentes públicos e políticos do Paraná pela concessionária, para a manutenção dos contratos de concessão de pedágios.

Imagem ilustrativa da imagem Ex-executivos da Econorte se tornam réus por peculato e lavagem de dinheiro
| Foto: Divulgação

O valor gerado pela empresa paulista foi de R$ 516.911,89 e foi entregue pessoalmente aos representantes da Econorte. Um dos colaboradores confessou as práticas ilegais, que aconteceram entre outubro de 2013 e abril de 2015.

A reportagem não conseguiu localizar as defesas dos réus até o fechamento desta edição.

A Operação Integração desmembrou um complexo esquema de corrupção e lavagem de dinheiro relacionado à execução de contratos de concessão de rodovias federais no estado no chamado Anel de Integração. Os fatos apontados ocorreram entre 1999 e 2018, quando da deflagração da operação. Até o momento, três concessionárias - Rodonorte, Ecovia e Ecocataratas - fecharam acordos de leniência com o MPF. Ainda segundo o MPF, a devolução de quantias desviadas aos cofres públicos foi possível, também, graças à colaboração de 21 investigados em acordos de delação premiada.

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