Ex-diretor da Caapsml contesta TC
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quinta-feira, 15 de março de 2001
Lino Ramos De Londrina
O ex-diretor-superintendente da Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais de Londrina (Caapsml), José Roberto Fróes da Motta, foi ontem à Câmara dar explicações sobre as compras de medicamentos que realizou durante sua gestão. Motta disse que tomou a iniciativa porque ainda não havia tido a oportunidade de esclarecer os questionamentos feitos pelo Tribunal de Contas do Estado (TC), que considerou irregular a compra de remédios sem licitação.
Ele mostrou aos vereadores uma lista de todos os medicamentos adquiridos em 1998 e 1999, afirmou que não houve irregularidades e que não agiu de má-fé. Não houve desvios, a irregularidade apontada pelo Tribunal existe há 30 anos, com a aprovação do próprio TC. Segundo ele, a dispensa de licitação ocorre porque o processo demora cerca de 30 dias e, com isso,não é possível conseguir descontos para os medicamentos. Outro problema apontado por José Roberto da Motta é que a licitação exigiria a compra pelo princípio ativo (nome farmacológico). Se você chegar com uma receita para comprar Novalgina, o farmacêutico não pode vender dipirona. exemplificou.
Segundo o ex-superintendente, em 98 foram comprados R$ 3,1 milhões em medicamentos e, com os descontos obtidos, pela Caapsml houve uma economia de R$ 41 mil. Já em 99 foram comprados R$ 3,7 milhões em medicamentos, com desconto de R$ 73 mil. José Roberto Fróes da Motta entende que houve um aproveitamento político sobre a auditoria realizada pelo TC na prefeitura. Não acho, tenho certeza. Não sei se houve má-fé ou desinformação, mas eu tenho documentos mostrando que não houve desvios.