BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Citado pelo presidente Jair Bolsonaro em live na porta do Palácio da Alvorada na tarde desta quinta (2), o governador catarinense Carlos Moisés (PSL) rebateu dizendo que "não é hora de discurso político".

“Estamos falando da preservação de vidas. Estamos falando de retomada de atividades com critérios técnicos e colocando a vida em primeiro lugar, a exemplo do que fizemos ontem [quarta, 1]", disse. "Liberamos com regras rígidas o segmento da construção civil. É isso que estamos fazendo".

Bolsonaro criticou Moisés e os governadores João Doria (PSDB-SP) e Eduardo Leite (PSDB) por adotarem medidas de restrição de circulação, como o fechamento do comércio.

O presidente disse a seguidores, na porta do Palácio, que alguns governadores estão provocando o desemprego e querem passar a conta para a União. No caso específico de Moisés, que é do PSL, partido que já foi o de Bolsonaro, o presidente afirmou que ele se elegeu pegando carona no bolsonarismo mas que hoje é "dono" do estado.

"Eu duvido que um governador desses, um Doria da vida, um Moisés, vá no meio do povo como eu fui", disse Bolsonaro, referindo-se à visita a Ceilândia (DF) e Taguatinga (DF) no domingo (29), por onde passeou e provocou aglomerações, contrariando as orientações das autoridades de saúde.​

"Debate político agora é inoportuno e contraproducente”, rebateu Moisés.