'Espólio da Lava Jato sai vitorioso na arena política do PR', avalia Bannwart
Professor de Filosofia Política da UEL, Clodomiro Bannwart Júnior avalia o resultado das eleições estaduais 2022
PUBLICAÇÃO
domingo, 02 de outubro de 2022
Professor de Filosofia Política da UEL, Clodomiro Bannwart Júnior avalia o resultado das eleições estaduais 2022
Marcos Roman - Grupo Folha
Em entrevista à FOLHA, o professor de Filosofia Política da UEL, Clodomiro Bannwart Júnior, analisou o resultado das eleições 2022 no Paraná. Ele creditou à Operação Lava Jato a vitória do ex-juiz Sergio Moro (União) ao Senado e do ex-procurador da República Deltan Dallagnol (Podemos) como deputado federal mais votado no Estado.
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“É uma sinalização de que a Operação Lava Jato deixou uma marca muito forte na política. Talvez mais forte na política do que propriamente no Judiciário, onde essa operação passa por muitas críticas do crivo jurídico em relação a sua atuação e legalidade. Ela teve uma boa acolhida politicamente. Esse espólio foi disputado e saiu vitorioso na arena política”, ressaltou Bannwart Júnior.
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O docente também avaliou a expressiva votação que garantiu a Ratinho Júnior a reeleição como governador do Estado. “Primeiro porque ele tem a máquina a seu favor, o que confirma esse histórico de que todos os governadores foram reeleitos no Paraná. Segundo pela habilidade política dele. Uma experiência que ele traz da Assembleia Legislativa de congregar um número muito significativo de deputados que migraram para a sua base”, pontua.
Na avalição de Bannwart Júnior, ter Roberto Requião (PT) como principal oponente também facilitou a vitória de Ratinho Júnior. "Não era uma nova liderança, mas o velho Requião de guerra, que tem em sua biografia ter sido três vezes governador, mas talvez uma candidatura já cansada, envelhecida. Quando a gente se aproxima do pleito eleitoral de 2022, o Requião estava sem partido, migra pro PT, mas não tem toda aquela infraestrutura partidária que tinha no PMDB para chegar onde ele chegava nas cidades do interior do Paraná. E a própria idade também pesa. O Requião com 80 anos e o Álvaro [Dias], com 78, são candidatos já envelhecidos de gerações passadas o que revela também essa deficiência de fomentar novos nomes que os partidos políticos têm”, conclui.
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