A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná faz nesta quarta (12/4) uma reunião com o tema “Como proteger nossas escolas: estratégias de prevenção e enfrentamento”. O objetivo é evitar que se repitam no Paraná casos de ameaças e assassinatos em escolas, como aconteceram nos últimos dias em São Paulo e Blumenau.

O encontro, realizado pela CCJ em conjunto com as Comissões de Segurança Pública e de Educação e Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Paraná, vai ser no Parque Ney Braga, durante a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, dentro do projeto Assembleia Itinerante.

O deputado estadual Tiago Amaral (PSD), presidente da CCJ, entende que é necessário tomar medidas emergenciais, mas também aprofundar a discussão do tema: “Vamos pensar com inteligência e propor soluções que realmente funcionem. Estamos falando de como proteger as escolas. Como preparar as escolas para evitar que isso aconteça ou para minimizar os efeitos dos ataques”, explica.

No Paraná, houve episódios recentes de ameaças em Londrina, Arapongas e Rolândia, controlados pela ação de professoras e policiais. Além disso, as ações preventivas, tanto da Secretaria Estadual de Educação (Seed) quanto do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC), têm evitado mortes.

Participantes

A reunião terá a participação de especialistas em educação e segurança, para entender o que já está sendo feito, compartilhar experiências e avançar na proteção às escolas.

O professor Anderfábio Oliveira dos Santos, diretor de Educação da Seed, vai apresentar as ações que a secretaria já vem desenvolvendo desde o ano passado: “Hoje, temos programas direcionados aos professores e, também, o programa Escola Escuta, com profissionais de referência, para acolher estudantes em situação de violência e vulnerabilidade, para prevenção”.

O tenente-coronel Adilson da Silva, comandante do Comando de Policiamento Especializado da PM, ao qual o BPEC está subordinado, trará a experiência prática para casos concretos: “Vamos abordar qual a postura que professores e servidores devem tomar para salvar vidas, num eventual ataque”, esclarece.

Essa postura foi abordada numa simulação feita no Colégio Estadual Cívico-Militar Ermelino de Leão, de Curitiba. O major Felipe Serbena, comandante do BOPE, que também participará da reunião, conta que a PM já vinha se preparando para enfrentar a questão antes mesmo dos ataques recentes: “O simulado explica como agir nessas situações, orientando sobre fugir, esconder ou lutar. Tudo foi gravado e será encaminhado à rede escolar”, informa o major.

Já o coronel Anderson Puglia, comandante do Comando de Missões Especiais da Polícia Militar, mostrará o que tem sido feito para treinar o pessoal da PM e como será possível multiplicar essas informações, para criar uma rede de proteção: “A nossa intenção é designar uma pessoa por escola para receber o treinamento e levar para cada estabelecimento. É como se fosse um treinamento de brigada de incêndio. Há um protocolo sobre como agir. No caso do atirador ativo, é a mesma coisa”, pontua.

Serviço:

Evento: Como proteger nossas escolas: estratégias de prevenção e enfrentamento

Quando: 12/4/2023 – 19h

Local: Pavilhão Internacional – Auditório Pensando Fora da Caixa – Parque de Exposições Ney Braga – Av. Tiradentes, 6275 – Londrina

(Com informações da assessoria de comunicação do deputado Tiago Amaral)