Rio de Janeiro - Com a legenda rachada, 89 delegados do PSOL escolheram o ex-deputado federal Plínio de Arruda Sampaio, 79, como pré-candidato à Presidência, durante sua 3 Conferência Eleitoral Nacional, no Rio de Janeiro, encerrada ontem à noite. Ao mesmo tempo, em um evento paralelo, também no Rio, apoiadores da pré-candidatura do ex-sindicalista Martiniano Cavalcante - entre eles, a presidente do partido, Heloisa Helena- reclamavam do descredenciamento dos representantes de três Estados e prometiam recorrer da decisão.

Segundo participantes da plenária paralela, os representantes de Acre, Roraima e Minas Gerais tiveram o direito a voto negado na conferência nacional, ''por formalidades burocráticas, sem nenhuma alegação formal'', o que levou 92 delegados a se reunirem em um sindicato próximo, onde decidiram pedir um congresso extraordinário do partido.

Para Heloisa Helena, esta seria a única forma de ''garantir a legitimidade nacional'' da decisão do PSOL. A ex-senadora saiu do evento soltando farpas contra o diretório estadual de São Paulo, principal fonte de apoio da pré-candidatura da paulista Plínio de Arruda Sampaio. ''Quem entrou no partido depois de eles ser fundado não tem o direito de rasgar a militância que o criou, com enormes dificuldades até em comunidades ribeirinhas da Amazônia'', disse.