São Paulo - A pedido do comando da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a senadora Simone Tebet (MDB) deverá gravar participações no programa eleitoral para reforçar seu apoio ao candidato.

Carl de Souza/AFP

A amenização do vermelho durante as atividades da campanha é uma tentativa de transmitir ao eleitor a ideia de amplitude da candidatura lulista
Carl de Souza/AFP A amenização do vermelho durante as atividades da campanha é uma tentativa de transmitir ao eleitor a ideia de amplitude da candidatura lulista | Foto: Carl de Souza/AFP

Tebet deverá gravar ao lado de Lula na sexta-feira (14) e também protagonizará filmes a serem encaminhados a diferentes fatias do eleitorado.

Além de aparições em atividades públicas de campanha, Tebet deverá cumprir agendas avulsas destinadas ao eleitor da chamada "faixa azul" da região Sudeste.

A menção ao azul faz referência à cor da bandeira do PSDB, que exercia forte influência no eleitorado onde Tebet teve melhor desempenho no primeiro turno das eleições.

Terceira colocada na disputa pela Presidência, Tebet deverá concentrar sua atuação no Sudeste, na tentativa de dialogar com moradores de redutos tucanos. Já para esta semana está prevista uma agenda com 400 mulheres.

A ideia inicial de viagens ao Centro-Oeste, com o objetivo de minimizar a rejeição a Lula em área de forte vocação agrícola, foi descartada sob o argumento de que em São Paulo, na região de Ribeirão Preto, já há grande número de eleitores desse segmento.

Caberá ao vice da chapa, Geraldo Alckmin, atuar no interior de São Paulo, bem como acompanhar Tebet durante atividades pelo estado.

A participação de Tebet foi discutida durante reunião da coordenação política da campanha de Lula na noite de segunda-feira (10). A senadora foi representada por José Antônio da Silva Parente, o Totó, responsável pela agenda dela durante o primeiro turno das eleições.

Segundo participantes, Totó externou a disposição de Tebet de atuar ativamente na campanha, dando prioridade a eleitores indecisos ou até mesmo simpatizantes da candidatura de Lula.

Na reunião, também foi discutida a proposta de amenização do vermelho durante as atividades da campanha de Lula, em mais uma tentativa de transmitir ao eleitor a ideia de amplitude da candidatura lulista.

Embora a própria Tebet tenha defendido a redução do vermelho da agenda de Lula, o tema foi levantado pelo ex-governador do Maranhão e senador eleito, Flávio Dino (PSB), defensor do uso do verde e amarelo da bandeira nacional, além do próprio branco apregoado pela senadora.

Apesar da sugestão dos aliados, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), argumentou que dificilmente os militantes petistas seriam convencidos a abrir mão do uso do vermelho, marca que carregam há 40 anos.

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1