Em Londrina, assim como ainda acontece em outras cidades do Brasil, as vizinhanças de instalações ligadas às Forças Armadas continuam como local de encontro e mobilização de militantes de direita que, desde o resultado do segundo turno de 30 de outubro, têm realizado atos contrários à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente do Brasil.
Passados dois dias desde a cerimônia que deu posse a Lula para seu terceiro mandato à frente do Executivo federal, a área ao redor do Tiro de Guerra, na zona leste da cidade, concentra dezenas de manifestantes alinhados ao ideário do agora ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ato de apoiadores em frente ao TG pede intervenção militar
Durante o início da tarde desta terça-feira (03), apesar da chuva forte e rápida que caiu na região, em uma contagem preliminar era possível notar ao menos 30 veículos, principalmente carros de passeio, e aproximadamente 50 pessoas reunidas em frente à unidade subordinada ao Exército Brasileiro.
Embora tenha estado mais movimentado anteriormente, principalmente nas semanas imediatamente posteriores à derrota de Bolsonaro nas urnas, o local segue ofertando uma estrutura de acampamento para quem permanece por ali. Há tendas, barracas, banheiros químicos, mesas, cadeiras e churrasqueiras. Ao mesmo tempo, o fluxo de vendedores ambulantes era menor nesta terça-feira.
Paranaenses sobem a rampa e participam de entrega de faixa a Lula
O portão de acesso ao Tiro de Guerra continua a servir de suporte não só para barracas, mas também tem bandeiras do Brasil e ostenta uma série de faixas que, entre outras palavras de ordem, pedem a “intervenção” das Forças Armadas junto aos poderes constitucionalmente instituídos.
Além da concentração na zona leste, o inconformismo do grupo foi motivo para promover um bunizaço em Londrina em meados de novembro. Até poucos dias, um carro de som era notado circulando pela cidade em dias úteis e aos fins de semana buscando engajar mais pessoas no ato em frente à unidade militar.