Como é de praxe, a maioria dos vereadores de Londrina tentará conquistar um novo mandato para a próxima legislatura (2025-2028). Mais especificamente, 17 dos 19 parlamentares foram confirmados em chapas nas convenções partidárias.

Com a maior bancada do Legislativo, o Progressistas terá cinco vereadores em sua chapa: Fernando Madureira, Flávia Cabral, Matheus Thum, Jessicão e Daniele Ziober. Na sequência, o Republicanos traz para a reeleição quatro nomes: Lu Oliveira, Emanoel Gomes, Chavão e Deivid Wisley. O PL tem em sua chapa Ailton Nantes, Roberto Fu e Santão. Também têm vereadores em suas chapas PSB (Sonia Gimenez), PSD (Giovani Mattos), PRD (Beto Cambará), PT (Lenir de Assis) e PMB (Mara Boca Aberta).

Quem abriu mão de tentar uma nova vaga na CML é Eduardo Tominaga (PP), que foi oficializado como candidato a vice-prefeito na chapa de Maria Tereza Paschoal de Moraes (PP). Ele é líder do prefeito Marcelo Belinati (PP) na CML.

Durante a convenção do Progressistas na última quinta (1°), o parlamentar, que está em seu segundo mandato, disse estar convicto da decisão de não concorrer à reeleição. “Não é fácil tomar essa decisão, mas [estou] convicto de que estou indo para uma disputa que vai ser, da nossa parte, muito limpa, muito bonita.”

Já o vereador Jairo Tamura (União Brasil) não disputará nenhum cargo eletivo em 2024. Ele tinha o apoio do presidente estadual do partido, deputado federal Felipe Francischini, para se candidatar a prefeito. No entanto, a intervenção do senador Sergio Moro (União Brasil) na comissão provisória de Londrina inviabilizou o processo. Tamura diz que a única alternativa foi "não ser candidato a nada".

O vereador concorreu a deputado estadual em 2022 e seus quase 30 mil votos foram suficientes para ficar como primeiro suplente. Como ele trocou o PL pelo União durante a janela partidária, ainda pode assumir uma cadeira na Alep.

MARA GARANTE FILIAÇÃO

Quem diz que vai para a disputa é a vereadora Mara Boca Aberta, que recentemente foi expulsa do Podemos. Apesar do imbróglio partidário, ela garante estar filiada ao PMB e que está apta para se candidatar à reeleição.

Ela participou da convenção do PMB na segunda-feira (5), que a listou como uma das nove candidatas da chapa de vereadores. A legenda, inclusive, indicou apoio à candidatura de Tiago Amaral (PSD).

Segundo Mara, quando soube que seria desfiliada do Podemos, recorreu à Justiça Eleitoral e aceitou o convite para entrar no PMB.

“Lá no dia 6 de abril eu me filiei, mesmo aguardando minha situação no Podemos”, afirma. O dia 6 de abril, ou seis meses antes das eleições, foi o último prazo para a filiação de quem pretende concorrer em outubro.

Em consulta ao sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a certidão da vereadora segue sem nenhuma filiação - e nem traz o PMB no seu histórico de partidos. Quanto a isso, Mara diz que houve “alguns entraves” e que o partido é pequeno, mas diz que sua situação é regular.

A FOLHA teve acesso a um ofício do presidente estadual do partido, Fabiano dos Santos, confirmando a filiação no dia 6 de abril. Ele afirma que pode ter havido erro na transmissão dos dados ao Filia, plataforma de filiação do TSE.

Após o registro da candidatura, que pode ser feito até 15 de agosto, cabe à Justiça Eleitoral o deferimento ou indeferimento.