Imagem ilustrativa da imagem Em Curitiba, deputados estaduais e federais miram sucessão de Greca
| Foto: Lucília Guimarães/SMCS

Curitiba - A um ano das eleições municipais, o cenário em Curitiba, principal colégio eleitoral do Paraná, ainda é incerto. Além de Rafael Greca (DEM), que não confirma, mas deve buscar um segundo mandato, nomes como do secretário de Estado da Justiça, da Família e do Trabalho, Ney Leprevost (PSD), do deputado estadual Fernando Francischini (PSL) e do ex-deputado federal João Arruda (MDB) são apontados como certos.

Enquanto Greca tem como vantagens a "máquina" da administração municipal e alianças já firmadas, Leprevost caminha para ser o candidato do governador Ratinho Junior (PSD), de quem é correligionário. No pleito de 2016, ele surpreendeu ao deixar o ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT) para atrás e chegar ao segundo turno. Perdeu justamente para o hoje político do DEM.

Parlamentar mais votado da AL (Assembleia Legislativa), com 427 mil votos, Francischini confirmou sua intenção de concorrer em agosto, durante evento de filiação do PSL. Apesar de ter sido um dos principais cabos eleitorais do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), ele tem procurado moderar o discurso e garante que, se eleito, governará para todos, sejam de esquerda ou direita.

Há casos também de partidos que seguem debatendo internamente a melhor escolha. No PDT, o deputado estadual Goura e o deputado federal Gustavo Fruet, antecessor de Greca, se colocaram à disposição. "A gente tem um projeto de cidade baseado em questões urbanas, de mobilidade, ambientais e de direitos humanos, que é contrário ao do atual prefeito", resume Goura. "Temos um ano para essa definição [do escolhido]", completa.

Já no PT aparecem como favoritos o líder da oposição na AL, Tadeu Veneri, e a ex-prefeita Mirian Gonçalves, com Dr. Rosinha correndo por fora. "O PT sempre teve candidatura própria. Um partido com estrutura política tem obrigação de dizer o que pensa", opina Veneri. Segundo ele, a intenção é chegar a um consenso até o final do ano, para que o pré-candidato tenha tempo de se preparar.

OUTRAS LEGENDAS

Outras legendas precisam decidir se lançarão ou não nomes próprios. O PSDB tem o atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel, e caminha para costurar novo acordo. "Entendo que o PSDB tem uma grande relíquia em suas mãos, que é o Eduardo. Um jovem, promissor, de uma conduta ilibada e respeitado. Imagino eu que se porventura não venha a ser mantida a sua candidatura como vice, ele seja o candidato do partido", diz o vice-presidente da executiva estadual, Ademar Traiano.

A vaga de vice, contudo, também é cobiçada por Maria Victoria, que voltou à AL na semana passada, após licença maternidade. Ela concorreu ao Palácio 29 de Março no pleito de 2016 e teve bom desempenho - ficou em quarto lugar, com 5,66% dos votos, à frente de postulantes bem mais experientes. No segundo turno, foi a única a declarar apoio formal a Greca. Caso acabe preterida, a tendência é de que ela seja a postulante do PP.

Os deputados federais Luciano Ducci (PSB), que administrou a cidade de 2010 a 2013, Paulo Martins (PSL), Luizão Goulart (Republicanos) e Christiane Yared (PL) são igualmente lembrados. Siglas como NOVO, PTC, PSOL e Patriota também se preparam para entrar na disputa. Em junho, o presidente estadual do NOVO, Antenor Demeterco Neto, disse à FOLHA que a ideia é lançar candidatos nas principais cidades do Paraná.

PONTA GROSSA

No município dos Campos Gerais, estão no páreo o ex-deputado estadual Márcio Pauliki (SD), o deputado federal Aliel Machado (PSB) e o atual presidente da Câmara de Vereadores, Daniel Milla (PV). A grande incógnita gira em torno do apoio do atual prefeito, Marcelo Rangel (PSDB), que encerra seu segundo mandato. A vice, Elizabeth Schmidt (sem partido), e o vereador Felipe Passos (PSDB) são dois nomes constantemente lembrados.