Na Câmara Federal, a representatividade da região também aumentou de três para quatro parlamentares. Mas a renovação foi maior. Alex Canziani (PTB) deixou de tentar a reeleição para disputar uma vaga no Senado. E perdeu. Luiz Carlos Hauly (PSDB) tentou um novo mandato, mas não conseguiu votos suficientes. Somente Diego Garcia (Pode), que obteve a maior votação dos candidatos a deputado federal da região de Londrina (103,1 mil votos), se reelegeu.

Entram dois novatos: Luísa Canziani (PTB), que recebeu 90,2 mil votos, e o vereador cassado de Londrina Boca Aberta (Pros), com 90,1 mil votos. Ele está com seus direitos políticos cassados e disputou a eleição graças a uma liminar judicial.

Eleita aos 22 anos, Luisa Canziani diz que o bom resultado de sua candidatura se deu por conta da soma da expressão política do pai, Alex Canziani, "com novas ideias que a campanha trouxe".

"Meu pai tem um grande legado, foi uma grande liderança conosco, mas, também, nós trouxemos novas ideias para a campanha, voltadas aos jovens. Então foi um conjunto de fatores que nos fizeram vitoriosos", afirma. Questionada sobre a pouca idade em contraste com o grande número de deputados mais experientes no Congresso Nacional, disse que isso não será nenhum problema.

DERROTA

Depois de sete mandatos consecutivos como deputado federal, o tucano Luiz Carlos Hauly não conseguiu se reeleger. "Minha vida foi sempre assertiva, propositiva e construtiva. Sou considerado um dos melhores parlamentares do Brasil", afirma.

Para ele, a economia quebrada, o fracasso da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) para a Presidência e a prisão do ex-governador tucano Beto Richa (PSDB) foram os fatores que provocaram sua derrota.

Ele também atribui à candidatura de Valter Orsi (Podemos) uma parte da culpa. Orsi era do PSDB e, segundo Hauly, disputou os votos dos eleitores que eram só dele. "Temos os mesmos amigos, disputamos o mesmo espaço político", afirma. Orsi, que também não se elegeu, obteve 22,9 mil votos. E Hauly, 35,1 mil. (N.B.)