Disputa entre atual e ex-prefeito promete polarizar eleição em Ibiporã

O panorama da disputa pela cadeira de prefeito de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina) aponta uma possível polarização entre o atual mandatário, João Toledo Coloniezi (MDB), e José Maria Ferreira (PSD), que esteve à frente do Executivo por três mandatos – iniciados em 1989, 2009 e 2013 –, atualmente ele exerce o posto de diretor-presidente do Fundepar (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional). Da Câmara Municipal ainda saem dois nomes que também se dispõem a concorrer, o dos vereadores Kleber Machado (PL) e Mari de Sá (MDB). Vai caber para a escolha da população de aproximadamente 54 mil habitantes nomes que já são conhecidos por suas atuações públicas.

Coloniezi prevê que sua candidatura à reeleição terá um amplo apoio. Seus primeiros cálculos podem chegar a doze legendas, numa rede de partidos que nacionalmente apontam para direções opostas. “Nas últimas eleições eu contei com uma base de 52 candidatos a vereador, mas acredito que desta vez esse número possa alcançar 84”, calcula o prefeito. Ele acredita que o seu trabalho cumprirá um papel fundamental como vitrine para o pleito. “Tenho a vantagem de a população sentir os avanços da saúde, em saber que as contas estão em dia. O Tribunal de Contas do estado aprovou sem ressalvas nossas contas em 2017 e em 2018. Tenho certeza de que o eleitor levará isso em consideração”, aponta. Ele trabalha com a ideia de manter Alberto Baccarim, atual vice, para compor a chapa.

Já o político que governou Ibiporã por mais tempo, Ferreira inicia as suas conversas para o afastamento do atual posto na área de Educação do estado para avançar nos trabalhos do período pré-eleitoral. “A minha decisão reflete ao clamor que tenho recebido por parte dos meus companheiros e da própria sociedade. Por isso decidi oferecer o meu nome ao PSD. Preciso antes conversar com o governador Ratinho Junior”, explica. Os três períodos à frente da Terra Bonita, tradução do nome do município do tupi, dão ao político a segurança da experiência. “A administração pública mudou muito desde a primeira vez que fui eleito. Hoje há órgãos de controle e agências que ajudam e trazem mais responsabilidade aos gestores, mas o fato é que conheço as necessidades da cidade e acredito que tenho novas ideias”, garante.

LEGISLATIVO

A abertura de mudança de legenda, a chamada janela partidária, começa nesta quinta-feira (5) e permitirá que os políticos mudem de time até o dia 3 de abril. Este movimento tem movido a vereadora Mari de Sá, que tem conversado com lideranças da região para deixar o MDB. Com três mandatos na Câmara Municipal, duas das vezes a mais votada no município, ela considera que a experiência adquirida será uma vantagem para mudar de poder. “As pessoas pedem nas ruas, acompanham o meu trabalho. Acredito que eu possa desempenhar bem esse papel. Estou vendo as possibilidades, mas não descartaria nem mesmo compor uma chapa como vice”, explica.

Em oposição direta à atual gestão, o vereador Kleber Machado tem o apoio do deputado federal Luiz Nishimori, liderança local do Partido Liberal, para buscar candidatura própria. A estratégia é uma decisão nacional da legenda de buscar crescimento regional. “Estamos com a chapa de vereadores montada e estudando o nome do candidato a vice. A base da minha campanha será o debate ao combate à corrupção. O tema havia sido pacificado na cidade, mas há indícios de condutas irregulares e precisamos trabalhar contra”, promete Machado.