Imagem ilustrativa da imagem Deputado diz que Bolsonaro citou nome de Ricardo Barros ao falar de suspeitas em compra da Covaxin
| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O deputado Luis Miranda disse à CPI da Covid nesta sexta-feira (25) que o presidente Jair Bolsonaro afirmou que as suspeitas sobre compra da vacina indiana Covaxin eram coisa do "Ricardo Barros (PP-PR)", líder do governo na Câmara.

Miranda disse o nome do parlamentar em resposta à senadora Simone Tebet (MDB-MS).

Segundo o depoente, o nome foi mencionado quando ele se reuniu com o presidente para relatar as denúncias feitas pelo irmão Luis Ricardo sobre supostas irregularidades no contrato entre a Precisa e o Ministério da Saúde.

"A senhora também sabe que foi o Ricardo Barros que o presidente falou. Eu não me sinto pressionado para falar, eu queria ter falado desde o primeiro momento, mas é porque vocês não sabem o que vou passar".

Mais cedo, o deputado havia afirmado que Bolsonaro atribuiu o caso a ações de um parlamentar, mas afirmou que não lembrava o nome citado pelo mandatário.

"Vocês sabem quem é, né? Sabem que ali é f.... Se eu mexo nisso aí, você já viu a merda que vai dar, né. Isso é fulano. Vocês sabem que é fulano", disse Bolsonaro, segundo Miranda.

Pelo Twitter, o deputado Ricardo Barros disse que não participou de nenhuma negociação em relação à compra das vacinas Covaxin. “Não sou esse parlamentar citado. A investigação provará isso. Também não é verdade que eu tenha indicado a servidora Regina Célia como informou o senador Randolfe. Não tenho relação com esse fatos", afirmou.

A reportagem da Folha de Londrina procurou o deputado Ricardo Barros na tarde de sábado (26), mas foi informada pela assessoria do político que ele não dará entrevistas no momento. Na sexta-feira (25), logo após a mensagem publicada no Twitter, o líder do governo na Câmara voltou a escrever: “Estou à disposição para quaisquer esclarecimentos”.

(Texto atualizado em 26/06 às 15h30)