Denúncias põem sob
suspeita policiais
civis e rodoviários
Investigações que só seriam retomadas dez anos depois apontam para o envolvimento de policiais rodoviários e civis no esquema de propinas que já teria sido praticado pela Polícia Federal de Foz do Iguaçu. O delegado da PF em Foz no final dos anos 80, Wilson Alfredo Perpétuo, foi um dos principais suspeitos de acobertamento do contrabando. Estimativas do Ministério Público indicam que ele teria faturado US$ 3,5 milhões em pouco mais de dois anos.
‘‘A questão ficou adormecida estes anos todos. Agora, com a CPI, nós redescobrimos sua extensão e seu alcance’’, revela Padre Roque. Nos últimos três meses, a CPI federal e a Comissão Especial de Investigação (CEI) do narcotráfico, montada na Assembléia Legislativa do Paraná, começam a encontrar pistas concretas que relacionam nomes de pessoas e empresas indiciadas na época com as investigações recentes sobre as quadrilhas que atuam em pelo menos 14 estados brasileiros. ‘‘Acredito que estamos chegando às genealogias do crime organizado no País’’, garante o deputado Robson Tuma (PFL-SP). (P.S.M.)