Concessão de Praça da Juventude pode subir no telhado
Líder do governo, vereador Eduardo Tominaga (PP) diz que o projeto de lei está mais suscetível 'à não aprovação'
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 07 de novembro de 2024
Líder do governo, vereador Eduardo Tominaga (PP) diz que o projeto de lei está mais suscetível 'à não aprovação'
Douglas Kuspiosz - Reportagem Local

O projeto de lei da Prefeitura de Londrina que concede a Praça da Juventude da Zona Norte, localizada na avenida Henrique Mansano, para a Associação Espaço de Convivência Missio Dei, foi novamente retirado da pauta da sessão desta quinta-feira (7) a pedido do líder do governo na CML (Câmara Municipal de Londrina), vereador Eduardo Tominaga (PP).
O texto n° 85/2024 é questionado por parlamentares, que já sinalizaram à FOLHA votar contra se o PL for ao plenário, e pelo CMELL (Conselho Municipal de Esportes e Lazer de Londrina), que defende que o município revitalize o espaço inaugurado em 2014 e que vem sofrendo com o abandono nos últimos anos.
Atendendo à imprensa, Tominaga disse nesta quinta que ainda não há um consenso e segurança para levar o projeto adiante, devido à complexidade da administração da Praça da Juventude da Zona Norte.
“Não queremos simplesmente fazer essa permissão ou essa concessão de uso. Temos que ter esse cuidado”, pontuou o líder, que adiantou que irá conversar com o CMELL e que o PL pode ser pautado para a próxima quinta-feira (14). “Vamos ver se realmente daremos continuidade ou se vamos retirar o projeto em definitivo.”
PODE CAIR
A avaliação de momento, para Tominaga, é que ainda não há “convicção em relação ao objetivo final” do projeto e que, da forma como está, pode acabar arquivado.
“Entender essa parte do mérito e da condição da instituição fazer o serviço chegar na população é o primeiro passo. O segundo é repassar essas informações para os vereadores e para o Executivo”, detalha o vereador. “Há possibilidade de eles prestarem o serviço? Se sim, vamos tentar convencer os vereadores e vamos conversar com o pessoal do CMELL a respeito dessa situação. Mas hoje, na minha visão, está muito mais suscetível à não aprovação.”
Tominaga ainda ressalta a necessidade de tratar o assunto com cuidado para não trazer desgastes para os envolvidos e para o londrinense, que pode "ter seu dia a dia afetado, não podendo, inclusive, fazer a utilização da forma como ele queria de um espaço que até agora é público.”
Segundo o texto, a entidade pretende revitalizar o local para a realização de atividades esportivas e culturais, “preservando-o para a apreciação e desfrute de toda a comunidade”.
CONSELHO QUESTIONA
O presidente do CMELL, Joel Gaspar, disse em à FOLHA na semana passada que o Conselho não foi consultado pela Câmara durante a tramitação do projeto.
“Caberia à Comissão de Justiça pedir o parecer, porque nós representamos as comunidades e isso não foi feito. A comunidade está atenta a esse tipo de coisa, não aceitamos mais isso na cidade de Londrina, doação de praça esportiva dessa maneira. Estamos cansados", criticou.

