A vereadora Daniele Ziober (PP) quer criar mais uma atribuição para a Guarda Municipal de Londrina. A sugestão agora formalizada em projeto é separar equipes específicas para atuar na "Patrulha Pet", que teria o objetivo de fiscalizar o crime de maus-tratos a animais. Seria o mesmo molde da Patrulha Maria da Penha, que existe desde 2015 na cidade e funcionava por meio de um convênio com o Tribunal de Justiça do Paraná, mas virou serviço definitivo após sanção da lei pelo prefeito Marcelo Belinati (PP).

"Sei que os guardas têm diversas tarefas e estão sobrecarregados. Eles já fazem esse apoio no atendimento a ocorrências de animais maltratados, que representam uma grande demanda. Entendo também que não podemos deixar de servir a população apenas pela defasagem", esclarece em entrevista à FOLHA. Procurada, a Prefeitura de Londrina informou que não vai comentar o assunto.

Imagem ilustrativa da imagem Com projeto de 'Patrulha Pet', vereadora quer guardas municipais para fiscalizar maus-tratos
| Foto: Arquivo FOLHA

Para a pepista, o projeto poderia ser viável após o anúncio do concurso público para contratação de 35 novos agentes para a GM, ainda sem data para acontecer. Hoje, a corporação tem cerca de 320 servidores. A secretária municipal de Recursos Humanos, Julliana Faggion, informou pela assessoria de imprensa da prefeitura que "pretende tornar o concurso em realidade o mais rápido possível".

Animais em repartições públicas

Daniele Ziober também apresentou um projeto que autoriza a entrada e permanência de bichos domésticos em repartições públicas de Londrina. A ideia é que a permissão valha para órgãos municipais, cabendo a cada um a melhor forma de regulamentar a lei. O texto foi protocolado nesta semana e ainda precisa passar por várias comissões antes de eventualmente ser levado ao plenário.

A parlamentar já queria apresentar a proposta desde o seu primeiro mandato, em 2016. Na época, perguntou ao presidente da Câmara se podia levar seus animais pra dentro do Legislativo. Foi autorizada porque não havia nenhuma regra impedindo. "Percebi como eles transformavam o ambiente em algo mais alegre. Brincavam com os funcionários, os seguranças. Agora que até o prefeito tem um 'aussessor', achei legal pautar esse debate", explica.

Ziober se refere ao cão Mushu, que era "estagiário" na Prefeitura de Londrina, mas foi "promovido" por Belinati no final de agosto. O cachorro tem até um crachá de assessor do prefeito e um perfil no Instagram onde é possível acompanhar sua rotina. "O projeto libera a entrada de qualquer animal doméstico. Se a pessoa tem um coelhinho, poderia levar ao trabalho, mas cabe ao prefeito regulamentar certinho", diz a vereadora.

Segundo a proposta, os animais deverão estar com coleira e a vacinação em dia. O dono terá que ser maior de 18 anos e possuir força física suficiente para controlar os movimentos do bichinho dentro das dependências dos órgãos. Ele também será o responsável por manter a limpeza e higiene do espaço.