A coligação PTB/PPS/PMDB, que apoiou o candidato derrotado para a Prefeitura de Presidente Castelo Branco (26 km a noroeste de Maringá), Dirceu Alves da Costa, entrou na Justiça com pedido de anulação da eleição. Os coordenadores da campanha de Costa alegam ter provas que o prefeito reeleito Alvarino Facin (PFL) comprou votos. ‘‘Anexamos uma fita de vídeo e uma de áudio que comprovam a compra de votos’’, garantiu a vereadora eleita Ana Maria Lourenço, que somou 299 votos. O prefeito reeleito teve 1.563 votos, 176 a mais que Costa.
As fitas, segundo Ana Maria Lourenço, mostram aliados do prefeito entregando vale-combustível para eleitores. A vereadora alega ainda que Facin tem pelo menos 280 eleitores de outros municípios, que ganharam passagens para votar nele em Presidente Castelo Branco. ‘‘Contratamos um detetive e conseguimos flagrar as irregularidades’’, diz.
O advogado José Carlos Gomes de Souza, que presta assessoria a Facin, diz que não existe cabimento nas denúncias. Ele afirma que os acusadores estão envolvidos com ‘‘desvio de consultas e procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS)’’, que derrubou funcionários do Centro Regional de Especialidades de Maringá.
‘‘Eles, sim, compraram votos e elegeram vereadores que nem apareciam nas pesquisas’’, afirma o advogado. Souza diz que está preparando um ‘‘relatório’’ para apresentar à Justiça Eleitoral.
O juiz da comarca de Nova Esperança, Airton Vargas da Silva, confirmou que recebeu o pedido de abertura de ação para anulação da eleição. Mas ele ainda não havia visto as provas e nem despachado. ‘‘Acho difícil anular a eleição’’, antecipou.
O juiz acredita que muitos eleitores votaram na legenda de vereador achando que primeiro deveriam votar para prefeito, o que acabou gerando as reclamações não apenas em Castelo Branco.