Coligação pede anulação da eleição de Castelo Branco
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quinta-feira, 05 de outubro de 2000
Marcos Zanatta De Maringá
A coligação PTB/PPS/PMDB, que apoiou o candidato derrotado para a Prefeitura de Presidente Castelo Branco (26 km a noroeste de Maringá), Dirceu Alves da Costa, entrou na Justiça com pedido de anulação da eleição. Os coordenadores da campanha de Costa alegam ter provas que o prefeito reeleito Alvarino Facin (PFL) comprou votos. Anexamos uma fita de vídeo e uma de áudio que comprovam a compra de votos, garantiu a vereadora eleita Ana Maria Lourenço, que somou 299 votos. O prefeito reeleito teve 1.563 votos, 176 a mais que Costa.
As fitas, segundo Ana Maria Lourenço, mostram aliados do prefeito entregando vale-combustível para eleitores. A vereadora alega ainda que Facin tem pelo menos 280 eleitores de outros municípios, que ganharam passagens para votar nele em Presidente Castelo Branco. Contratamos um detetive e conseguimos flagrar as irregularidades, diz.
O advogado José Carlos Gomes de Souza, que presta assessoria a Facin, diz que não existe cabimento nas denúncias. Ele afirma que os acusadores estão envolvidos com desvio de consultas e procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), que derrubou funcionários do Centro Regional de Especialidades de Maringá.
Eles, sim, compraram votos e elegeram vereadores que nem apareciam nas pesquisas, afirma o advogado. Souza diz que está preparando um relatório para apresentar à Justiça Eleitoral.
O juiz da comarca de Nova Esperança, Airton Vargas da Silva, confirmou que recebeu o pedido de abertura de ação para anulação da eleição. Mas ele ainda não havia visto as provas e nem despachado. Acho difícil anular a eleição, antecipou.
O juiz acredita que muitos eleitores votaram na legenda de vereador achando que primeiro deveriam votar para prefeito, o que acabou gerando as reclamações não apenas em Castelo Branco.