‘‘Se tivesse mais jovens na companhia, ajudaria a melhorar a cultura ambiental na empresa’’
(Henri Philippe Reichstul, presidente da Petrobras, depondo na Câmara, nesta quarta)

Um caso raro
Vai ser uma festa quando a mídia finalmente descobrir o deputado Paulo Marinho (PFL-MA). Trata-se de caso raro de ladroagem comprovada por um volume recorde de documentos e de processos judiciais (180) por improbidade administrativa. Chamado de ladrão pelo próprio pai, um honrado contador de 73 anos, e suspeito de mandar matar um jornalista que denunciava suas maracutaias, Marinho é protegido por amigos influentes como Fernando Sarney, filho do ex-presidente, e Jorge Murad, marido da governadora do Maranhão, Roseana Sarney.

O amigo Inocêncio
Apesar da expressa recomendação do Superior Tribunal de Justiça, a Câmara empurra com a barriga o processo de cassação do deputado Paulo Marinho. Ele conta com a inestimável mãozinha de outro amigo influente – o deputado Inocêncio de Oliveira (PE).
Os poços de Inocêncio e de Marinho são vizinhos: a Fazenda Estrela, de propriedade do deputado, em Caxias (MA), é colada à Fazenda Caraíbas, de Inocêncio. Ambas compartilham até benfeitorias.

BB sem limites
Informação explosiva que circula em Brasília: o diretor financeiro do Banco do Brasil, Vicente Diniz, seria chegado a rodadas de pôquer.
A dinheiro.
Por muito menos, PMs cariocas quiseram prender o craque Edmundo.
Mesmo depois da queda do ex-diretor Ricardo Sérgio de Oliveira, o BB continua no limite da responsabilidade.

É só pirotecnia
Está claro para FHC, segundo um auxiliar com gabinete no terceiro andar do Planalto, que o presidente da Cade, Gesner Oliveira, tenta manter-se na ribalta (inclusive difundindo supostas ‘‘tentativas de suborno’’) para se credenciar à chefia da eventual agência reguladora que anda propondo, em substituição ao Conselho de Defesa Econômica.
Porque o seu mandato no Cade termina em maio e a lei proíbe a sua recondução. E a da conselheira Lúcia Helena Salgado, aquela do affair.

Batalha nos ares
As empresas aéreas abriram guerra de vida ou morte contra a Vasp, depois que Wagner Canhedo decidiu oferecer a passagem de volta aos clientes da ponte Rio-São Paulo que viajarem nas suas aeronaves. O desespero tem lógica: é na ponte aérea que as companhias fazem caixa.
Após o início da promoção, a ocupação média nos aviões da Vasp subiu de 22% para 89%. Em compensação, as três concorrentes organizaram um inédito lobby para ‘‘plantar’’ más notícias contra a empresa.

Herói esquecido
Em julho de 1998, o então ministro da Justiça, Renan Calheiros, cogitou do nome de Orlando Villas-Bôas para o Nobel da Paz. Ainda está em tempo de o governo se redimir e sugerir o sertanista para o comitê do Nobel. E também corrigir uma virtual injustiça no site da Funai na Internet. Não há sequer uma linha citando Villas-Bôas.
Resta protestar, entupindo de e-mails os esquecidinhos da funai.org.br.

Lunático
Esse governo está mesmo virado para a Lua. Maré de óleo na Petrobras. Maré de insensatez na Funai.

Vidas boas
Se o senador Arthur da Távola vier a ocupar mesmo o Ministério da Cultura, deixará de ser funcionário da TVE, do Rio?
Pensando bem...
...esse rolo todo do filme do Guilherme Fontes está ficando ‘‘chaaatôôô’’...

Central do Brasil
Finalmente nosso cinema ganha um banqueiro. O premiado cineasta Waltinho Moreira Salles controla agora o Unibanco com os outros três irmãos. Walther Moreira Salles transferiu suas ações para os filhos, que passaram a ter poder de decisão no banco da família.

A guerra da motoserra
Já que o assunto é cinema, estréia nesta quinta, no auditório do Tribunal do Júri de Rio Branco (AC), uma imperdível produção de terror, genuinamente nacional. Cinquenta e um vilões, acusados de atrocidades diversas, vão contracenar com o temperamental superstar Hildebrando ‘‘Do Caixão’’ Pascoal. Contando com os advogados, serão 884 atores. O elenco de apoio conta com cem policiais federais e extras da polícia local. Os ingressos estão esgotados.

Caco no script
Por pouco um personagem ia perdendo a estréia. O sul-africano Emmanuel Sphiel, testemunha da CPI do Narcotráfico, sofreu um atentado nesta terça-feira, em Rio Branco, e procurou a polícia.
Ele espera chegar antes de as luzes se apagarem.

Rede Encrenca
Mais um capítulo na novela da Rede TV! (que nome...)
Nesta quinta, a emissora do Grupo Ômega sofre mais uma ação, desta vez do Ministério Público, para que a verba dos anunciantes pague os salários atrasados. A Rede TV! diz que é problema da extinta TV Manchete, da qual herdou a concessão, aliás concessão do governo.

Diálogo impertinente
- Ouviu a ‘‘Palavra do Presidente’’, hoje, no rádio?
- Não. Joguei as pilhas fora.

Gritante campanha
Chamava atenção o Golf vermelho, placa JNQ 4507, de Salvador, estacionado em frente ao edifício-sede da Anatel, no Setor de Autarquias Sul, em Brasília, nesta quarta.
Além da cor gritante, o proprietário afixou um enorme plástico no vidro traseiro do carro: ‘‘Orgulho de ser ACM’’.

O PODER SEM PUDOR

Tempo fechado
Numa reunião de dirigentes peemedebistas, em Brasília, o presidente da Fundação Pedrosa Horta (do PMDB) no Rio Grande do Sul, Flávio Presser, abordou o senador Roberto Requião (PR) cobrando apoio à pretensa candidatura do gaúcho Pedro Simon à Presidência:
- O senhor vai ou não apoiar o candidato do nosso partido?
- Vou apoiar o Simon para provar mais uma vez o quanto ele é covarde.
Ante o olhar de perplexidade dos presentes, requião arrematou:
- Eu o apoiei para a presidência do Senado e ele desistiu. Voltei a lhe dar apoio para a liderança do PMDB no Senado e ele desistiu novamente. Agora, apoio sua candidatura a presidente porque sei que ele vai desistir de novo e mostrar sua covardia para o Brasil inteiro.