‘‘Ministro meu, enquanto eu não disser que não é, é ministro e tem todo o meu apoio’’
(De FHC, desmentindo a contragosto e confusamente, como sempre, os boatos de demissão do ministro da Defesa)


Jobim na Defesa
FHC decidiu convidar um ministro do Supremo Tribunal Federal para assumir o lugar de Élcio Álvares no Ministério da Defesa.
Além de abrir mais uma preciosa vaga no STF, ele poderia levar de volta à sua equipe o amigo Nelson Jobim, ministro e ‘‘líder da bancada governista’’ no Supremo, com quem aliás desfrutou as férias de fim de ano. Jobim até gosta da idéia, porque não está muito feliz no STF, mas ainda hesita. Ele conhece como poucos o amigo que ajudou a reeleger.

Prova de fraqueza
O ministro da Defesa, Élcio Álvares, passou o dia telefonando a jornalistas para jurar que continua no cargo.
Ou seja, ele está caindo mesmo.

O dia da caça
Dona Irene Álvares, mulher do ministro da Defesa, é um sorriso de orelha a orelha desde o dia em que a Dra. Solange Resende, assessora, íntima amiga e sócia do seu marido, caiu em desgraça e foi para o olho da rua.
Discreta, caseira e classuda, Dona Irene vive dias felizes, típicos de uma mulher vingada. Já o maridão, continua em pleno inferno astral.
Heil Brauer!
O Planalto comemorou a lamentável entrevista do ex-comandante da FAB, Walter Werner Brauer, à revista ‘‘Veja’’, considerando Hitler um líder, dizendo que os alemães são uma raça superior e confessando que seu pai torceu pelos nazistas, na II Guerra Mundial.
De uma só tacada, Brauer justificou sua demissão, deixou mal os seus camaradas mais fiéis e deu um pouco de sobrevida a Élcio Álvares no Ministério da Defesa.

Propaganda enganosa
A tal IG (Internet Gratuita), dos bancos Opportunity e Garantia, corre o risco de responder a processo por propaganda enganosa.
Primeiro porque, apesar da sua milionária campanha publicitária, não pode disponibilizar e-mail para o usuário antes dos próximos dois meses; depois porque de graça, de graça, não será: haverá sempre o custo dos impulsos da ligação telefônica. No mínimo.

Pau de dar em doido
Os jornalistas do Acre estão pensando em recorrer à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) para que denuncie a brutalidade e a arrogância do ex-deputado Hildebrando ‘‘Motosserra’’ Pascoal.
Ele só se dirige aos repórteres, antes, durante e depois dos depoimentos, com palavrões cabeludos, tentando impedir fotos e filmagem. Ou seja, ameaçando passar a serra. Isso em pleno Tribunal do Júri, sem que alguma autoridade ouse dizer ‘‘componha-se’’.
Afinal, ele não é Madonna nem Maradona.

Pensando bem... (com rima)
...quando quem investiga também é suspeito, fica difícil manter o respeito...

Amazônia afinada
As sinfônicas e filarmônicas costumam ser a jóia da coroa dos chamados países do primeiro mundo. Enquanto no Brasil isso não dá pauta, a Filarmônica da Amazônia é um espanto. Ela reúne excelentes músicos do Leste Europeu, que viviam da mão para a boca em seus países e hoje ganham, em média, R$ 3 mil mensais.
A Filarmônica é a jóia da coroa do governador Amazonino Mendes, que investe cerca de R$ 3 milhões todo mês para manter a orquestra, conduzida por Marcelo Stasi.

Hormônio do crescimento
Ciro Gomes percorre vários municípios do Ceará, em janeiro. Sonha eleger 30 dos 184 prefeitos do Estado.
Atualmente, o seu PPS é um partido nanico, que não conseguiu filiar mais do que três prefeitos. Somente um deles é importante – o de Sobral, Cid Gomes, seu irmão.

Aqui para nós
Que laços unem o prefeito paulistano Celso Pitta e a louríssima socialite Marina de Sabrit, sua fã incondicional?

Gorda é a mãe
Falando em afinação, um bravo desta coluna às duas moças de Jundiaí (SP) que entraram na Justiça após serem chamadas de ‘‘gordas’’ por um empregador e por uma vendedora de butique. Também deveriam proibir os tais ‘‘cheinha’’, ‘‘fofinha’’ e ‘‘gordinha’’.

O nome do vírus
Os ingleses estão acusando um time de rúgbi da Austrália de trazer o vírus da gripe para a Europa. E já deram um nome para o bicho: Sidney.

Bloco da gripe
O governo argentino pretende vacinar em massa a população contra a gripe que ameaça desembarcar a qualquer momento em terras sul-americanas. No Brasil, ela deve pintar no Carnaval, fantasiada de bactéria, caso o ministério da Saúde não tenha pensado no assunto.

Mais embaixo
O Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, proposto pelo senador Antônio Carlos Magalhães, também já tem apelido: Buraco Negro.
‘‘Papável’’ brasileiro
Diante da eventual renúncia do Papa João Paulo II, que, doente, mal se aguenta em pé, já se especula sobre os eventuais – com o perdão da palavra – ‘‘papáveis’’. Quem conversa com o arcebispo de Aparecida do Norte, D. Aloísio Lorscheider, profundo conhecedor dos bastidores do Vaticano, sai convencido de que um brasileiro tem chances de subir ao trono de São Pedro: o cardeal arcebispo de São Paulo, D. Cláudio Hummes, que goza de grande prestígio internacional. Ele foi mais ligado aos setores esquerdistas da Igreja na América Latina, mas transita muito bem entre os conservadores.

Antes de partir
O Unibanco está à venda. Chase Manhattan é o mais forte pretendente.
Os filhos não querem o negócio, mas o embaixador Walther Moreira Salles quer fechar o negócio, logo, logo.

O PODER SEM PUDOR

Morto a pulso
Terminada a sessão de homenagem à memória de um político que acabara de morrer, os senadores se reuniram para um bate-papo.
O assunto era lúgubre: o que cada um gostaria que fosse escrito em suas próprias lápides.
Tancredo Neves fez questão de mencionar a sua vontade – que aliás, não seria respeitada:
- Aqui jaz, muito a contragosto, Tancredo de Almeida Neves.