A ex-governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP), foi nomeada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o Conselho de Administração da Itaipu Binacional. Ela terá mandato até 16 de maio de 2024 e vai ocupar a vaga do ex-ministro Carlos Marun, que foi exonerado. A troca foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (6). Cida é esposa do líder do governo na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) Segundo a assessoria da Itaipu, a remuneração mensal pela participação no conselho é de cerca de R$ 25 mil.

Cida Borghetti assumiu o cargo de governadora do Paraná em abril de 2018, quando o então governador Beto Richa renunciou para disputar uma vaga no Senado. Cida era vice-governadora, governou o estado por nove meses e disputou a reeleição, que acabou perdendo para o atual governador Ratinho Júnior (PSD).

Carlos Marun foi ministro-chefe da Secretaria de Governo do ex-presidente Michel Temer. Esta semana ele foi nomeado assessor de gabinete parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul. Quando deputado federal, Marun foi o líder da tropa de choque do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ).
Marun disse à Folha que a demissão estava sendo tratada há mais de 40 dias. Ele disse que está trabalhando politicamente numa terceira via para a próxima eleição. Além disso, destacou que está empenhado no Projeto da Rota Bioceânica e, politicamente, no trabalho de valorização do legado do ex-presidente Michel Temer. "Essa atividade política mais intensa torna incompatível a minha permanência de uma função essencialmente técnica e, no fundo, de confiança do presidente."

Essa é a terceira mudança no Conselho em menos de dez dias. Em 28 de abril, Rodrigo Limp, presidente da Eletrobras, assumiu no lugar de Wilson Ferreira Júnior. No dia 30 de abril, Bolsonaro exonerou Otávio Brandelli da função de representante do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) no Conselho e ele foi substituído por Carlos Alberto Franco França.

SOBRE O CONSELHO

Os governos do Brasil e do Paraguai têm a atribuição de nomear a Diretoria Executiva da Itaipu Binacional, por meio de indicação da Eletrobras e da Administración Nacional de Electricidad (Ande). Para cada cargo reservado a um país, há um posto equivalente destinado à outra margem.

A Itaipu possui um Conselho de Administração composto por doze conselheiros, seis brasileiros e seis paraguaios, e dois representantes dos Ministérios das Relações Exteriores, um de cada país. O Conselho de Administração reúne-se a cada dois meses ou em convocação extraordinária.

Além do Conselho, a Entidade tem uma Diretoria Executiva, que é composta pelos seguintes cargos: Diretor-Geral Brasileiro; Diretor-Geral Paraguaio; Diretor Técnico Executivo; Diretor Técnico; Diretor Financeiro Executivo; Diretor Financeiro; Diretor Jurídico Executivo; Diretor Jurídico; Diretor de Coordenação Executivo; Diretor de Coordenação; Diretor Administrativo Executivo; e Diretor Administrativo.

O Conselho de Administração e a Diretoria Executiva têm competências e atribuições fixadas no Anexo A do Tratado de Itaipu e no Regimento Interno. (Com Folhapress)

(Atualizada às 13h)

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