A Justiça de Bela Vista do Paraíso (Região Metropolitana de Londrina) homologou o acordo feito entre o Ministério Público, o ex-prefeito Edson Vieira Brene (PSD) e o vice dele na chapa, Fernando César Menck, que na época era presidente da Câmara, por aglomerações durante as eleições municipais do ano passado. A dupla perdeu para Fabrício Pastore, o Jacaré, que concorreu pelo DEM. A decisão é do juiz da Vara da Fazenda Pública da cidade, Helder José Anunziato, e saiu no começo deste mês.

Imagem ilustrativa da imagem Candidatos que aglomeraram em campanha em Bela Vista terão que pagar multa
| Foto: Micaela Orikasa - Grupo Folha

Com a concordância do magistrado, Brene e Menck terão que pagar R$ 8 mil em 10 parcelas. O dinheiro será revertido para o Lar de Idoso Jayme Watt Longo, que fica em Bela Vista. Foi o que ficou definido no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o MP. A entidade terá que comunicar a Promotoria se a infração não for paga. O ex-gestor foi procurado para comentar o assunto, mas não quis se manifestar. Já o ex-parlamentar não atendeu as ligações.

A multa pode começar a ser paga a partir da homologação judicial, mas Brene informou que "ainda não assinei nada". Em uma das cláusulas, os políticos se comprometeram "a não praticar condutas que impliquem afronta aos princípios da coletividade, solidariedade e da saúde pública". As intervenções do Ministério Público e da Justiça ocorreram porque os atos da campanha reuniram muita gente, indo na contramão das recomendações sanitárias para evitar o contágio da Covid-19.

O desrespeito fez com que o juiz proibisse eventos eleitorais. Para comprovar as irregularidades, o MP anexou fotos e vídeos das aglomerações. Fabrício Pastore também infringiu a regra. A Promotoria pediu a suspensão do processo para tentativa de um acordo, assim como ocorreu com a coligação adversária.

Segundo o último boletim do coronavírus, divulgado nesta quinta, Bela Vista do Paraíso acumula 52 mortes, 1465 confirmados e 15 em investigação.