A CML (Câmara Municipal de Londrina) terá como sede provisória o Bloco-H da Unopar (Universidade Norte do Paraná) do Jardim Piza, na zona sul, durante a reforma do prédio original do Legislativo, que fica no Centro Cívico. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (15), o presidente da CML, Emanoel Gomes (Republicanos), lembrou que foram feitos dois chamamentos públicos, um com seis imóveis e outro com dois.

Com a homologação para a locação do imóvel, o jurídico da Câmara está preparando a documentação para formalização do contrato. O valor do aluguel será de R$ 65 mil mensais, e as adequações do prédio serão feitas pela Unopar.

“Dentro de todos os levantamentos que foram feitos, inclusive de outros imóveis, esse é o que ficou com menor preço, menor valor”, disse Gomes, apontando que a expectativa é esvaziar a sede do Centro Cívico “na primeira semana do mês que vem”.

A programação prevê pelo menos vinte dias de trabalho remoto em setembro e o início das atividades presenciais no Jardim Piza a partir de 2 de outubro.

A reforma da Câmara foi orçada em pouco mais de R$ 16,7 milhões, mas será executada no valor de R$ 15,3 milhões pela Regional Planejamento Construções Civis. “Conversamos com o proprietário da Regional e ele quer fazer essa reforma com rapidez e celeridade".

Gomes também reiterou que a reforma é um investimento “merecido”, já que “estamos reformando o Poder Legislativo da cidade de Londrina”.

CADEIRAS

O presidente da CML comentou a nota divulgada pela Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), que disse ser contra o aumento de cadeiras no Legislativo Municipal. O texto afirma que a entidade “considera o trabalho dos vereadores fundamental”, mas que a Câmara “vem demonstrando competência na resolução de problemas da cidade com o número atual de representantes” e que “o aumento no número de vereadores não constitui necessariamente uma melhoria na representatividade e na qualidade dos projetos apresentados”.

Para a entidade, com a proximidade do processo eleitoral e a necessidade de reduzir gastos públicos, manter o número de 19 vereadores “é uma decisão sensata, que permanece em consonância com o eleitor e a economia de recursos públicos”.

Gomes disse que a Acil parabeniza o Legislativo “pela eficácia que tem trazido aos debates da cidade”, mas pontuou que “somente quem está aqui sabe das suas dores, sabe o que enfrentamos”. Para o vereador, a Câmara é a “caixa de ressonância” da cidade.

No entanto, o presidente voltou a dizer que não existe uma minuta ou um projeto que proponha o aumento de cadeiras para a próxima legislatura, mas o assunto deverá pautar os parlamentares nos próximos meses.

“É um debate que os vereadores precisam se debruçar e nós vamos precisar fixar para a próxima legislatura como eles vão trabalhar. Isso não quer dizer especificamente que vamos aumentar o número de cadeiras”.

Gomes também citou a pesquisa feita em parceria entre Instituto Multicultural, FOLHA e Paiquerê 91,7 que apontou que, entre os entrevistados, 71% disseram desconhecer o número de vereadores. O mesmo levantamento mostrou que 93,5% dos moradores consultados são contra o aumento no número de vereadores. “O debate tem que ser trazido à baila”, frisou Gomes.