A Câmara de Vereadores de Maringá criou, em sessão ordinária nessa terça-feira (26), uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os gastos da Secretaria Municipal de Saúde nos últimos 12 anos. O requerimento foi assinado por 11 parlamentares e provocado por questionamentos do vereador Sidnei Telles (Avante).

A motivação dos trabalhos deve-se a uma fala do secretário de Saúde, Jair Biatto. Na sessão da Casa no último dia 21, ele afirmou que as compras feitas por meio de processos de licitação em sua área fazem com que os preços dos insumos sejam mais caros do que o pago pela rede privada. “O Observatório Social costuma acompanhar esses processos e pedirei para verificar o período. Precisamos verificar como foram feitas essas compras”, afirmou Telles.

Imagem ilustrativa da imagem Câmara de Maringá cria CPI para apurar gastos com saúde
| Foto: Reprodução/Câmara de Maringá

Em acordo entre as bancadas e blocos partidários, foram escolhidos para realizar a tarefa, além do propositor, os vereadores: Flávio Mantovani (Rede), Dr. Jamal (PSB), Alex Chaves (MDB) e Mário Verri (PT). A primeira reunião do grupo está marcada para esta quinta-feira (28), quando devem ser escolhidos o presidente e o relator, além de apresentar os primeiros passos da comissão.

No entanto, o vereador Dr. Jamal já afirmou na sessão que aprovou a instauração que irá renunciar. O motivo é que, na sexta-feira (22), ele e outros nomes da oposição haviam tentado ingressar com um pedido para a formação de uma CPI, mas conseguiram apenas quatro dos cinco votos necessários para a criação. “A CPI teria que investigar as compras de todas as secretarias da prefeitura durante toda a gestão”, apontou Dr. Jamal.

O requerimento assinado pelo grupo de 11 vereadores ressalta ainda a necessidade da apuração dos processos necessários para o combate à Covid-19. A comissão terá 90 dias para apresentar seu relatório com a possibilidade de prorrogação por mais 45 dias. Esta é a quarta CPI aberta pelos vereadores da atual legislatura. Nos anos anteriores, os membros do Poder Legislativo também investigaram o Terminal Intermodal, o Parque Industrial e ainda a empresa TCCC (Transporte Coletivo Cidade Canção).

DEFESA

A Prefeitura de Maringá se pronunciou por meio de nota defendendo “uma minuciosa investigação pela Câmara de Vereadores”. O documento ainda afirma que “o Poder Executivo apoia e irá contribuir com todas as informações solicitadas e necessárias à apuração pelo Poder Legislativo”.