Manifestação em Londrina começou no Calçadão e seguiu pelas ruas do centro
Manifestação em Londrina começou no Calçadão e seguiu pelas ruas do centro | Foto: Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress
No dia em que o Brasil superou a marca de 500 mil mortes pela Covid-19, manifestantes voltaram às ruas neste sábado (19) para protestar contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Os protestos aconteceram em mais de 400 cidades brasileiras.
Em Londrina, os participantes se reuniram em frente ao Teatro Ouro Verde, a partir das 16h, onde discursaram e entoaram o slogan “Fora Bolsonaro: vacina no braço, comida no prato”. Após a concentração, por volta das 18 horas, os manifestantes seguiram pelo Calçadão em marcha pacífica rumo à Avenida Higienópolis. Ao longo do percurso, várias pessoas foram se integrando à marcha, que terminou na arquibancada do Zerão às 19h30, com praticamente o dobro de pessoas.
Concentração aconteceu no Calçadão, em frente ao Cine-Teatro Ouro Verde
Concentração aconteceu no Calçadão, em frente ao Cine-Teatro Ouro Verde | Foto: Marcos Roman
Organizado pelo Comitê Unificado de Londrina, o protesto na cidade reuniu vários coletivos e movimentos populares. Atendendo à orientação dos organizadores, os manifestantes londrinenses saíram às ruas usando máscara e começaram às 16 horas com um manifesto pacífico no centro da cidade.
Organizadores pediram que as pessoas usassem máscaras de proteção e álcool em gel
Organizadores pediram que as pessoas usassem máscaras de proteção e álcool em gel | Foto: Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress
"Estamos protestando pelo ritmo lento da vacinação. Pelo índice de pobreza que tem aumentado no país. E pela política genocida adotada pelo des-presidente", afirmou um dos organizadores do protesto, que pediu para não ser identificado.
Brasil chega a 500 mil mortes por Covid ainda sem conter pandemia
O vendedor desempregado Juarez de Souza disse que fez questão de participar do protesto para demonstrar sua indignação com o atual governo. "Muitas mortes poderiam ter sido evitadas se o presidente tivesse agilizado a compra de vacinas ao invés de investir em remédios sem comprovação científica contra o vírus", enfatizou.
A professora Maria Inês Gonçalves também reclamou da política sanitária nacional. "Querem que os mais pobres morram incentivando o uso de tratamento precoce, enquanto os ricos estão viajando pra se vacinar no exterior", queixou-se.
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Manifestantes chegaram à rotatória das avenidas JK e Higienópolis, próximo ao Zerão, já no começo da noite
Manifestantes chegaram à rotatória das avenidas JK e Higienópolis, próximo ao Zerão, já no começo da noite
São tantos motivos pra protestar que é até difícil enumerá-los. O país está regredindo em todas as áreas. Enquanto meio milhão de famílias choram a morte das vítimas da pandemia, o presidente fica fazendo arruaça de moto em eventos organizados com dinheiro público. Isso é inadmissível", destacou a aposentada Marta Silveira.