SÃO PAULO, SP - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (11), em um evento em uma igreja na Flórida, nos Estados Unidos, que pretende voltar ao Brasil "nas próximas semanas" e disse que a "missão não acabou" com o país. Ele, porém, não falou qual seria a data exata para o retorno.

"Por melhor que esteja em qualquer lugar do mundo, não existe algo melhor do que a nossa terra. A saudade bate no peito de todo mundo aqui. Não tem aqui quem não tenha um irmão, tio, um filho, um amigo lá no Brasil. Nós sabemos que é um país fantástico. Eu também quero retornar ao Brasil. Pretendo retornar ao Brasil nas próximas semanas", disse o ex-presidente.

Visto de turista

O ex-presidente está nos EUA desde 31 de dezembro. No final de janeiro, ele deu entrada em um pedido de visto de turista, o que permitiria a ficar no país legalmente por mais seis meses.

Bolsonaro criticou 'interesses' em terras yanomami. Para ele, o atual governo não quer ajudar indígenas. O ex-presidente chamou de 'presos políticos" os suspeitos presos pelos ataques de 8 de janeiro.

Jair Bolsonaro também rebateu as críticas de que teria sido responsável por mortes de emas da presidência da República, pois elas teriam sido alimentadas com comida humana.

Moedas doadas

Em sua fala na Flórida, o ex-presidente ainda ironizou o sumiço e moedas do espelho d' água do Palácio da Alvorada e os gastos com o cartão corporativo. "Quais as acusações da mídia contra mim, contra minha esposa nesse momento? Roubaram as moedinhas do lago. R$ 2.200 em moedinhas. Foram entregues para uma instituição de caridade", falou Bolsonaro.

No começo do mês, foi noticiado que a limpeza do espelho d'água do Palácio da Alvorada para a retirada das moedas causou a morte das carpas que ficavam no local. Quanto aos gastos nos cartões corporativos: "Por que caíram do cavalo no cartão corporativo? São três cartões. Dois não ficam comigo, ficam com o GSI. O meu particular que eu podia sacar R$ 17 mil por mês, quanto eu saquei? Zero", ironizou o ex-presidente.

O UOL identificou notas fiscais pagas com o cartão corporativo que totalizam R$ 697 mil entre agosto e novembro, durante o período de campanha eleitoral dele. Os valores dos gastos em viagens podem ser ainda maiores porque nem todas as notas fiscais foram tornadas públicas.