O ex-governador Paraná Beto Richa (PSDB) foi acusado pelo MPPR (Ministério Público do Paraná) por improbidade administrativa sobre o processo de licitação da PR-323, entre Maringá e Francisco Alves, aberta em 2014. Na ação, outras 11 pessoas e seis empresas foram acusadas. A ação civil pública foi proposta na sexta-feira (27), pelo Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa). Os procuradores pedem o bloqueio liminar de bens de parte dos acusados. O maior pedido, de R$ 27,3 milhões, é contra Richa.

Imagem ilustrativa da imagem Beto Richa é acusado em ação sobre a PR-323
| Foto: Reinaldo Santos/Arquivo FOLHA

Em resposta, a defesa de Richa se pronunciou através de nota. “A defesa desconhece absolutamente os fatos e lamenta profundamente ser informada pela imprensa. Respeitará o devido processo legal e se manifestará nos autos do processo e em todas as instâncias previstas pela Constituição e leis brasileiras.”

As informações que deram início ao processo são baseadas nas informações da operação Piloto, da força-tarefa da Lava Jato, compartilhadas com o MPPR. Um dos delatores da Odebrecht relacionou o contrato da obra da PR-323 ao repasse de R$ 2,5 milhões, via caixa dois, para a campanha de reeleição de Richa. Entre os acusados estão o ex-chefe de gabinete do ex-governador, Deonilson Roldo, o irmão de Beto e ex-secretário de Infraestrutura e Logística, Pepe Richa.

O grupo liderado pelo ex-governador teria atuado de forma fraudulenta no processo de licitação de duplicação da PR-323, contrato de mais de R$ 7 bilhões. A intenção teria sido a de favorecer o consórcio liderado pela Odebrecht, no entanto, a obra jamais saiu do papel. A concorrência foi vencida pelo consórcio denominado Rota 323, formado além da Odebrecht Transport Participações S/A, pelas empresas Tucumann Engenharia e Empreendimentos Ltda, América Empreendimentos S/A e Goetze Lobato Engenharia Ltda.