Londrina e Curitiba - O deputado federal Filipe Barros (PSL) confirmou neste sábado (17) que colocou seu nome à disposição para ser candidato do partido à prefeitura de Londrina em 2020. A declaração foi dada logo após o evento de filiação ao partido, que ocorreu no Hotel Crystal. Já o deputado estadual Fernando Francischini (PSL) disse, ao confirmar sua pré-candidatura à Prefeitura de Curitiba no próximo ano que, se eleito, pretende governar para todas as pessoas, sejam elas de esquerda ou direita. Ele foi a principal atração de um evento de filiação ao PSL, realizado no Spazio Van, região sul da capital.

Em Londrina, Barros fez um balanço da ação do PSL. “O evento foi muito bom, acima do esperado. Cerca de 600 pessoas compareceram, e por volta de 400 se filiaram ao partido. Então foi muito produtivo, superou minhas expectativas”, avalia o deputado federal. “Tivemos, salvo engano, dez prefeitos da região, e 80 vereadores. O nosso foco é criar e consolidar o partido em Londrina e região”, pontua Barros.

“Também coloquei meu nome como pré-candidato à prefeitura de Londrina. O presidente (Jair) Bolsonaro me questionou há 30 dias em Cascavel o que seria de Londrina. Eu respondi que meu foco é 100% de Brasília, pois a população me conferiu o mandato. Mas coloco meu nome à disposição do presidente, se assim ele decidir”, comenta.

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Evento ocorreu em Curitiba na região sul
Evento ocorreu em Curitiba na região sul | Foto: Mariana Franco Ramos - Grupo Folha

"Nossa visão aqui no Estado é mais de administração. Esse confronto termina quando acaba a eleição. Nós, que exercemos mandato, também precisamos fazer lei para todas as pessoas, não só para quem tem alinhamento [ideológico]. Mas não podemos deixar que voltem ao poder os partidos de esquerda - PT, PSOL e PCdoB - que juntos ajudaram a destruir o País", afirmou Francischini.

O discurso mais moderado contrasta com as atitudes do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que segue falando em "varrer" seus adversários políticos. Na semana passada, no Piauí, por exemplo, Bolsonaro sugeriu mandar "essa cambada de comunistas" para a Venezuela ou para Cuba.

Francischini recebeu 427 mil votos no último pleito para a AL (Assembleia Legislativa) e, por isso, é considerado um grande "puxador". Para a eleição municipal, sua primeira majoritária, ele diz esperar contar com apoio de diferentes legendas. "Estive em Brasília com presidentes nacionais de outros partidos. Está tudo encaminhado para ser uma candidatura forte", comentou, sem adiantar nomes.

O deputado estadual chegou ao local por volta das 11h15, duas horas após a abertura da casa, acompanhado do filho Felipe Francischini (PSL-PR), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara Federal, e da esposa, Flávia Francischini. Parlamentares e lideranças, sobretudo da região metropolitana de Curitiba, também participaram do encontro.

"É uma vontade que temos há muito tempo [ser prefeito]. Hoje temos uma situação diferenciada em relação as outras vezes em que planejamos disputar, porque estamos no maior partido do país, maior tempo de televisão, partido do presidente da República, maior votação do Paraná e da história de Curitiba", afirmou Francischini. Na AL, a sigla possui a maior bancada, de oito integrantes, enquanto no Congresso são três os representantes paranaenses.

Questionado sobre o que pensa da gestão Rafael Greca, o político também foi comedido. "Não só a do prefeito atual, mas dos anteriores foram boas administrações, só que na minha visão cuidaram da cidade como uma casa, das coisas, e esqueceram das pessoas que moram nessa casa. O objetivo agora é aproximar a prefeitura das pessoas. A casa está linda, bonita, mas as psssoas precisando de saúde, educação e segurança pública", completou.