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Política 5m de leitura

Barbosa Neto quer voltar à cadeira de prefeito de Londrina

Cassado em 2012, o político se lançou como pré-candidato do PDT e vê o pleito como um recomeço

ATUALIZAÇÃO
23 de junho de 2020

Pedro Moraes - Grupo Folha
AUTOR

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Prefeito de Londrina entre 2009 e 2012, Homero Barbosa Neto (PDT) lançou seu nome como pré-candidato para buscar uma volta ao cargo oito anos após ter o mandato cassado pela Câmara de Vereadores. O jornalista e político está fazendo os primeiros contatos para encaminhar a disputa eleitoral, que ainda precisará ser aprovada por uma convenção partidária. Relacionado à legenda desde 1988 e depois de ser deputado estadual e federal, ele considera a atual investida como um verdadeiro recomeço. “Estou enferrujado. Preciso me enfronhar sobre os números da cidade e montar um plano de governo. Hoje, tenho a visão de cidadão e empresário, mas, em termos políticos, mudaram muito as figuras. Minha cassação foi revertida em todas as instancias, tanto que fui candidato a deputado nas últimas eleições”, lembrou. Ele foi o 65º candidato mais votado, recebendo 15.184 votos, e não conseguiu ser eleito. 

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Acusado de utilizar agentes de segurança terceirizados da prefeitura para trabalhar em sua rádio, Babosa Neto foi julgado pela Justiça em 30 de julho de 2018, depois de seis anos e três meses de um mandato marcado por escândalos e uma série de investigações por parte do Ministério Público. Em agosto de 2018, a cassação foi anulada por decisão do TJ (Tribunal de Justiça) do Paraná. O político acredita que o histórico tenha dupla influência em sua carreira. “Num primeiro momento, pesa de forma negativa, mas o fato é que fui inocentado na maioria das ações. Quero ter a oportunidade de mostrar isso à população. Muitos vão lembrar que foi um tempo bom, não aumentou IPTU, as obras não atrasavam, mesmo com tão pouco dinheiro”, defendeu-se. 

Politicamente, a trajetória de Barbosa Neto é intimamente ligada ao Partido Democrático Trabalhista. Inspirado pelas ideias de Darcy Ribeiro e Leonel Brizola, o ex-prefeito se associou ao ideário trabalhista ainda no movimento da juventude partidária. Os dois rápidos períodos que o afastaram da agremiação não foram suficientes para mudar o rumo por completo. “Acho que é preciso ter uma coerência e uma ligação ideológica. PDT foi praticamente meu único partido. Só saí porque o comando, na época, estava nas mãos daqueles que não me deixavam ser candidato”, contou o político, que, por enquanto, é o único nome indicado internamente para concorrer à Prefeitura de Londrina. 

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