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. | Foto: Marcos Zanutto/30-7-2012

Prefeito de Londrina entre 2009 e 2012, Homero Barbosa Neto (PDT) lançou seu nome como pré-candidato para buscar uma volta ao cargo oito anos após ter o mandato cassado pela Câmara de Vereadores. O jornalista e político está fazendo os primeiros contatos para encaminhar a disputa eleitoral, que ainda precisará ser aprovada por uma convenção partidária. Relacionado à legenda desde 1988 e depois de ser deputado estadual e federal, ele considera a atual investida como um verdadeiro recomeço. “Estou enferrujado. Preciso me enfronhar sobre os números da cidade e montar um plano de governo. Hoje, tenho a visão de cidadão e empresário, mas, em termos políticos, mudaram muito as figuras. Minha cassação foi revertida em todas as instancias, tanto que fui candidato a deputado nas últimas eleições”, lembrou. Ele foi o 65º candidato mais votado, recebendo 15.184 votos, e não conseguiu ser eleito.

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. | Foto: Marcos Zanutto/30-7-2012

Acusado de utilizar agentes de segurança terceirizados da prefeitura para trabalhar em sua rádio, Babosa Neto foi julgado pela Justiça em 30 de julho de 2018, depois de seis anos e três meses de um mandato marcado por escândalos e uma série de investigações por parte do Ministério Público. Em agosto de 2018, a cassação foi anulada por decisão do TJ (Tribunal de Justiça) do Paraná. O político acredita que o histórico tenha dupla influência em sua carreira. “Num primeiro momento, pesa de forma negativa, mas o fato é que fui inocentado na maioria das ações. Quero ter a oportunidade de mostrar isso à população. Muitos vão lembrar que foi um tempo bom, não aumentou IPTU, as obras não atrasavam, mesmo com tão pouco dinheiro”, defendeu-se.

Politicamente, a trajetória de Barbosa Neto é intimamente ligada ao Partido Democrático Trabalhista. Inspirado pelas ideias de Darcy Ribeiro e Leonel Brizola, o ex-prefeito se associou ao ideário trabalhista ainda no movimento da juventude partidária. Os dois rápidos períodos que o afastaram da agremiação não foram suficientes para mudar o rumo por completo. “Acho que é preciso ter uma coerência e uma ligação ideológica. PDT foi praticamente meu único partido. Só saí porque o comando, na época, estava nas mãos daqueles que não me deixavam ser candidato”, contou o político, que, por enquanto, é o único nome indicado internamente para concorrer à Prefeitura de Londrina.