A AL (Assembleia Legislativa) do Paraná encerrou nesta quarta-feira (15) seu último dia de votações em Plenário em 2021 aprovando a proposta do Executivo que institui o reajuste do piso salarial dos professores do Estado. O projeto de lei complementar 12/2021 foi aprovado com 38 votos favoráveis e 10 contrários. Agora a matéria segue para sanção do governador Ratinho Junior (PSD).

Imagem ilustrativa da imagem Assembleia aprova reajuste dos salários dos professores para 2022
| Foto: Divulgação APPsindicato

Segundo o Governo, o projeto institui um incremento de 48,7% em relação ao atual piso salarial em vigor no Estado (R$ 3.730,00) para 40 horas/aulas semanais. Com isso, o piso alcançaria R$ 5.545,00. A medida vai beneficiar mais de 22,4 mil profissionais em começo de carreira, entre servidores efetivos e temporários, além de ter reflexo na remuneração dos demais docentes que pertencem a outras classes salariais.

O texto avançou com uma subemenda prevendo que, entre outros prontos, a evolução salarial, dentro do mesmo nível de carreira, haverá uma diferença mínima de 1% entre uma classe e outra; e que o adicional noturno para os professores será contado a partir das 19 horas, enquanto para os agentes educacionais permanece a partir das 18 horas.

"Muitos funcionários de escolas cumprem jornadas à tarde e início da noite. Portanto, foi fundamental essa nossa emenda, que segundo dados das entidades dos servidores, atinge mais de 25 mil educadores. Foi uma articulação para dar resultado junto aos educadores. Esse é o nosso papel", disse o deputado Evandro Araújo (PSC).

Para a presidente da APP-Sindicato no Paraná, Walkiria Mazeto, houve avanço após a mobilização da categoria que fez vigília em frente a AL. “As emendas aprovadas hoje foram fruto da luta. Em um semana corremos para informar a categoria, organizar a resistência, pressionar deputados (as), deflagrar a greve e montar a vigília. Mesmo a base do governo precisou se mexer” disse.

Segundo ela, apesar da redução de danos, "o texto final achata a tabela de vencimentos, impondo índices mais baixos entre níveis e classes da carreira". As 10 emendas apresentadas pela oposição, que mantinham os porcentuais atuais e suprimiam outros ataques, foram rejeitadas no plenário.