Porto Alegre - A fama de namorador e uma acusação de assédio sexual, feita pela advogada Juliana Brizola, de 28 anos, neta de Leonel Brizola, custou o cargo de presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT) no Rio Grande do Sul ao deputado federal Pompeo de Mattos. A crise política do partido tornou-se pública no início da semana passada, exigiu viagens a Montevidéu e acabou com uma carta, endereçada a Brizola, no domingo, com o pedido de afastamento do deputado, que se disse sem condições de continuar no cargo sem o apoio do líder.
A história da saída de Pompeo de Mattos começou quando uma reclamação de Juliana Brizola, funcionária da diretório do PDT, chegou aos ouvidos do avô. Ela disse que, ao pedir aumento salarial, recebeu do deputado um convite para jantar. Irritado, Brizola passou a exigir que o deputado se afastasse do cargo até que o caso fosse esclarecido. Na carta de renúncia, o deputado diz que não faltarão oportunistas dispostos a caluniá-lo e promete esclarecer tudo na Justiça. Matheus Schmidt, que era o primeiro vice-presidente, assumiu o comando do PDT no Estado.