Aliado fiel de Jair Bolsonaro (PL), o deputado estadual Ricardo Arruda (PL) esteve em Londrina na última sexta-feira (3) e fez visita à FOLHA. Ao ser entrevistado, ele não negou o perfil “bolsonarista raiz” ao tratar de questões encaradas com prioridade na agenda dos políticos que compartilham do mesmo ideário do ex-presidente.

Entre os temas, Arruda disse estar confiante no avanço da tramitação do projeto de lei 719/2021 dentro da Assembleia Legislativa do Paraná. O PL assinado pelo parlamentar trata da bandeira já costumeiramente levantada por campos da direita e conhecida como “Escola sem Partido”.

O deputado estadual Ricardo Arruda apresentou novamente projeto de lei da "Escola sem Partido"
O deputado estadual Ricardo Arruda apresentou novamente projeto de lei da "Escola sem Partido" | Foto: Lucas Marcondes

A medida determina “neutralidade política, ideológica e religiosa” aos profissionais de escolas públicas e privadas do Paraná – que podem sofrer penalidades caso suas práticas em sala de aula não se enquadrem aos ditames da possível lei.

“É para acabar com essa ideologia de gênero. Isso não leva a nada e não dá tranquilidade aos pais”, defendeu o autor. Ainda na legislatura passada, Ricardo Arruda apresentou proposta semelhante. Em setembro de 2019, o texto, criticado por setores da educação, acabou rejeitado no plenário da Assembleia Legislativa por 27 votos contrários e 21 favoráveis.

Reeleito em 2022, o deputado estadual promete persistir no tema, que, segundo ele, “vai correr rápido”. A matéria passou pela Comissão de Constituição e Justiça ainda no último ano e agora está Comissão de Educação. Ainda não há prazo para o plenário votar o PL.

Escritório em Londrina

A votação expressiva que londrinenses deram a Bolsonaro e a candidatos apoiados por ele no pleito de 2022 motivam Arruda a se movimentar em Londrina. Embora tenha laços com Curitiba, o parlamentar disse que vai manter seu escritório de representação na cidade para seguir articulando no interior do estado. Uma das metas é, em 2024, aumentar o número de vereadores e prefeito eleitos pelo PL, partido do ex-presidente.