Arapongas: prefeito diz que Contorno Norte começa no início de 2020

A reestruturação da mobilidade e os projetos de urbanização dos bairros são as prioridades da prefeitura de Arapongas em 2020. Em um balanço sobre os três anos de sua gestão, o prefeito Sérgio Onofre (PSC) falou à FOLHA de seus desafios pessoais e administrativos. Apesar de afirmar ser candidato à reeleição, ele garante que a preocupação é manter o foco na administração pública. “Fui eleito com o desafio de provar que eu poderia conduzir o município e não só fazer política. Ao longo desses três anos, executei 62 obras. Foi difícil começar a trabalhar. Encontrei os prédios públicos sem manutenção”, afirma Onofre. Da relação estreita com o governo estadual, ele faz um prognóstico positivo. “Este foi um ano complicado não só para o Paraná, mas para o País. As coisas começaram a melhorar em dezembro e acredito que haverá liberação de emendas, que ajudarão o desenvolvimento da cidade”, acredita.

Segundo dados oficiais da prefeitura de Arapongas, desde janeiro de 2017 até o fim deste ano, o investimento em obras apresenta um saldo aproximado de R$ 42,6 milhões. O chefe do executivo garante que o trabalho foi possível graças à mudança na gestão. “Os recursos existem, mas é preciso fazer a gestão correta deles. Com um trabalho de economia, foi possível realizar todos os projetos que fizemos até agora”, explica.

CONTORNO NORTE

Há ainda a previsão do início das obras do Contorno Norte no mês de fevereiro. A obra que promete desafogar o trânsito e melhorar a segurança de parte importante da cidade está em vias de começar. A concessionária responsável pela obra, a Viapar, aguarda a desapropriação de algumas áreas para iniciar os trabalhos. A empresa se prepara para montar os canteiros ainda no início de 2020 para a construção 10 quilômetros de via dupla e cinco interseções de nível, orçadas em R$ 126 milhões. A obra é uma opção para o trânsito entre Rolândia e Apucarana. Assim, o motorista poderá passar pela Cidade dos Pássaros sem cruzar a avenida Maracanã, trecho urbano da BR-369, que atravessa o parque moveleiro de Arapongas e sofre com congestionamentos na divisa com Apucarana.

Apesar da promessa de melhoria no trânsito, um dos principais problemas dos araponguenses, o custo de pedágio, ainda não tem uma solução. Onofre aposta em uma melhoria somente depois da licitação, em 2021. “Esta é uma questão que vai precisar de tempo. Conseguimos 22 mil passes com a concessionária, mas isso não resolve o problema. Acredito que o problema não seja o pedágio. Isso não tem retorno, o problema para os usuários é o preço, que é muito alto”, opina o prefeito. Atualmente, os motoristas precisam desembolsar R$ 10,80 a cada passagem pelas cabines na praça de pedágio. A batalha pelos valores pagos nas rodovias é um dos principais problemas políticos do Estado, sendo alvo da operação Integração, um dos desdobramentos da Lava Jato.

FINANÇAS

A economia municipal também tem promessa de melhoria. Conhecida como a capital moveleira do Paraná, Arapongas deverá passar por uma diversificação do parque industrial, com uma nova área inaugurada no próximo ano. Esta é a proposta do prefeito, que afirma estar em contato com empresas que possam trazer suas atividades para a cidade. “Estamos vendo as possibilidades, mas já temos uma das maiores empresas de construção de casas instalada na cidade. Há muito o que pode ser explorado, no entanto, é preciso ampliar”, opina. Outro ponto que deverá ser trabalhado no próximo ano é o da previdência dos servidores. Com a aprovação das novas regras para a aposentadoria pelo Congresso Nacional, os municípios precisam se adequar. “Apesar de estarmos com a situação sanada, com os repasses em dia, precisamos discutir o tema. O ideal é que fosse resolvido ainda no próximo ano, mas não é certo”, adianta.