Imagem ilustrativa da imagem Após janela partidária, 30 deputados estaduais mudam de legenda
| Foto: Sandro Nascimento/Alep

As movimentações políticas de deputados estaduais de olho na reeleição provocaram grandes alterações na composição partidária na AL (Assembleia Legislativa) do Paraná. Ao todo, 30 deputados trocaram de partido durante a janela partidária, que é o período determinado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que os detentores de mandatos possam mudar de legenda sem punições. Outros cinco estão em nova sigla em razão da fusão do PSL com o Democratas, que gerou o União Brasil.

Para o presidente da Casa, deputado Ademar Traiano (PSD), a recomposição das bancadas não irá interferir no processo legislativo e será benéfica para o processo democrático. "Tínhamos entre blocos e lideranças aqui na Assembleia 16 composições. Vamos ficar entre 8 e 9 lideranças e composições partidárias. Vamos reduzir em tamanho partidário, o que é importante dentro do espírito da reforma partidária. Quem ganha com isso é o processo democrático porque o número muito grande de partidos acaba dificultando e serve de sigla de aluguel para o processo eleitoral", disse ao relembrar da cláusula de barreiras que poderá reduzir ainda mais o número de partidos. "Tudo isso beneficia o processo eleitoral e a democracia."

AS MUDANÇAS

Na Assembleia Legislativa do Paraná, o PSD, que tinha cinco deputados, passa a ter a maior bancada, com 15 parlamentares. Em 2018, o PSL foi o partido que havia eleito o maior número de deputados estaduais na esteira do presidente Jair Bolsonaro, que havia sido eleito pela legenda. Entretanto, bem antes da janela, com a cassação do mandato do Delegado Francischini por disseminação de fake news, o partido diminuiu de 8 para 4 cadeiras. Francischini foi eleito com 427 mil votos e tinha puxado mais deputados. O partido também tinha perdido uma cadeira com a cassação do registro de outro deputado, Subtenente Everton, por abuso de poder econômico. Antes da janela, o PSL só tinha três deputados e com a junção com o Democratas, que tinha cinco, o União Brasil permanece com oito parlamentares.

O PSDB, que tinha três deputados, perdeu dois parlamentares (Ademar Traiano e Paulo Litro), mas ganhou o reforço das deputadas Mabel Canto e Cristina Silvestre e segue com o mesmo número de representantes na Assembleia.

Já o MDB, que também tinha três deputados, perdeu Requião Filho (PT), ficando com apenas dois deputados: Anibelli Neto e Nereu Moura. Enquanto isso, o PT ganhou um novo deputado e a bancada passa a ser composta por cinco parlamentares: Arilson Chiorato, Luciana Rafagnin, Professor Lemos, Tadeu Veneri e Requião Filho.

O PL, até então com dois deputados, ganhou o reforço de mais três parlamentares na bancada bolsonarista, como Gilson de Souza (ex-PSC) e Ricardo Arruda (ex-PSL) e Marcel Miichelotto (ex-secretário de Administração e Previdência). Enquanto que o PP, com três parlamentares, teve a bancada ampliada para seis com a chegada de Galo (ex-Podemos), Soldado Adriano (ex-PV) e Tião Medeiros (ex-PTB).

O Republicanos, que era representado por um único parlamentar, também viu a sua bancada ser reforçada com a entrada no partido de mais quatro deputados: Cantora Mara Lima, Delegado Fernando Martins, Homero Marchese e Marcio Pacheco.

O PDT e o Cidadania, com três deputados cada, agora são representados por um deputado na Assembleia, enquanto o PROS, que tinha três parlamentares, agora ficou com dois. Já o Democracia Cristã, até então sem representante na Assembleia, passa a contar com um deputado.

SEM REPRESENTANTES

Com as alterações, o PSB, PSC, PTB, PV, Patriotas e Podemos deixaram de ter representantes na Assembleia Legislativa. Dois ex-secretários de Ratinho Junior (PSD) assumiram nesta segunda-feira (4) os mandatos na AL. Marcelo Michelleto (PL) passa a ser o novo líder do governo na Casa. Quem também retomou o mandato na AL foi o deputado Márcio Nunes (PSD) após deixar a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo.

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