Passados os atritos na tentativa de formar uma federação e com o ex-governador Geraldo Alckmin efetivamente filiado, lideranças do PSB e do PT fazem agora esforço para entoar um discurso de união e conciliação. Lideranças das duas legendas reconhecem que ainda há pontas soltas nos estados e que as "cotoveladas" locais devem continuar pelo menos até 2 de abril, quando se encerra a janela partidária.

BRASÍLIA,DF,23.03.2022:FILIAÇÃO-GERALDO-ALCKMIN-AO-PSB - Geraldo Alckmin durante sua filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), em evento em Brasília (DF), nesta quarta-feira (23). (Foto: Fátima Meira/Futura Press/Folhapress)
BRASÍLIA,DF,23.03.2022:FILIAÇÃO-GERALDO-ALCKMIN-AO-PSB - Geraldo Alckmin durante sua filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), em evento em Brasília (DF), nesta quarta-feira (23). (Foto: Fátima Meira/Futura Press/Folhapress) | Foto: Fátima Meira/Futurapress/Folhapress

Mas afirmam ser necessário, como estratégia nacional, não deixar essas cicatrizes atrapalharem a unidade da militância e de seus quadros em torno da candidatura presidencial. O momento, defendem, é de pacificação.

Há resistências ainda no PT. Ex-dirigentes da sigla, como o deputado federal Rui Falcão (SP), já se manifestaram categoricamente contra a aliança. Parceiros históricos da legenda, como Guilherme Boulos, também são contrários. O PSOL, por exemplo, não esteve presente no ato de filiação desta quarta-feira (23).

Em sua fala durante o evento, Alckmin não economizou nos elogios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Temos que ter os olhos abertos para enxergar, a humildade para entender que ele [Lula] é hoje o que melhor interpreta o sentimento de esperança do povo. Ele representa a própria democracia porque ele é fruto da democracia", afirmou o ex-governador. Acrescentou ainda que Lula é quem vai reinserir o Brasil no cenário mundial e "alargar o horizonte do desenvolvimento econômico".