SÃO PAULO, SP - O ex-deputado federal David Miranda (PDT-RJ), 37, faleceu nesta terça-feira (9). Casado com o jornalista Glenn Greenwald, ele estava internado desde agosto do ano passado no Rio de Janeiro.

O anúncio foi feito por Glenn nas redes sociais. Sua morte, esta manhã, ocorreu após uma batalha de nove meses na UTI. "Ele morreu em plena paz, cercado por nossos filhos, familiares e amigos", escreveu, destacando a história do marido como inspiração para muitos por sua "biografia, paixão e força de vida."

Há algumas semanas, Greenwald escreveu em seu blog que a infecção rapidamente se espalhou para outros órgãos através de sua corrente sanguínea. David, completaria 38 anos na quarta-feira (10)

O ex-deputado David Miranda morreu nesta terça-feira (9)
O ex-deputado David Miranda morreu nesta terça-feira (9) | Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados/Agência Brasil

“De longe, o maior sonho de David, e o que lhe dava o maior orgulho e propósito, era ser pai. Ele era o pai mais dedicado e amoroso. Ele me ensinou como ser um pai. E nossos meninos verdadeiramente excepcionais – com seus próprios começos de vida difíceis – são seu maior legado”, escreveu Greenwald hoje, no Twitter.

O presidente Lula (PT) publicou uma nota prestando solidariedade à família e afirmando que David foi um "jovem de trajetória extraordinária que partiu cedo demais".

Miranda assumiu o mandato na Câmara dos Deputados em 2019, após o ex-deputado Jean Wyllys renunciar ao mandato. Nas redes sociais, Wyllys reagiu com tristeza ao anúncio sobre a morte.

"Que tristeza! Meus sentimentos à sua família e ao seus amigos. Que ele agora descanse em paz!", escreveu.

Em setembro, a Justiça Eleitoral acolheu o pedido da família de David e retirou a candidatura do então deputado à reeleição. Ele havia sido internado para tratar uma infecção intestinal, após sentir dores abdominais. Os médicos, então, perceberam complicações no diagnóstico.

Anteriormente filiado ao PSOL, David migrou para o PDT e passou a ser alvo de ataques racistas e homofóbicos por apoiar a candidatura de Ciro Gomes ao Planalto. (Com Agência Brasil)