O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já está divulgando os bens declarados pelos políticos que registraram a candidatura. A FOLHA verificou que, até a tarde desta sexta-feira (12), eram cinco registros formalizados para disputar o cargo de governador e cinco para senador.

Imagem ilustrativa da imagem Ao TSE, Ratinho Jr. e Requião declaram queda no patrimônio
| Foto: Gabriel Batista Paiva

Os valores dos patrimônios informados pelos postulantes ao governo do Paraná variam de R$ 88 mil (Ricardo Gomyde - PDT) a R$ 8,8 milhões (Ratinho Junior - PSD). O candidato Professor Ivan (PSTU) declarou não ter bens.

Dois dos principais candidatos ao Palácio Iguaçu, conforme vêm apontando pesquisas de opinião, Ratinho Jr. e Requião “perderam” patrimônio em relação às eleições de 2018. Há quatro anos, o então candidato a governador declarou bens de R$ R$13.431.360,60, uma diferença de quase R$ 5 milhões em relação a 2022. Ainda assim, ele é disparado o que detém o maior patrimônio entre os candidatos. Já o ex-governador, que em 2018 tentou o Senado, declarou à época R$2.049.632,70, uma redução de pouco mais de R$ 1,1 milhão em comparação aos bens declarados neste ano – R$ 896.926,82.

Já entre os aspirantes ao Senado o menor patrimônio declarado, até então, é o de Desiree Salgado (PDT), com R$ 205 mil, enquanto o mais alto é o do candidato à reeleição Alvaro Dias, avaliado em R$ 2,2 milhões. O prazo para registro de candidaturas termina na próxima segunda-feira (15).

BRIGA DE TRAÍDO E TRAIDOR

Dos cinco candidatos registrados ao Senado até o momento, três figuram em melhor posição na avaliação do cientista político Elve Censi: Alvaro Dias (Podemos), Sergio Moro (União) e Paulo Martins (PL).

"A aliança Bolsonaro/Ratinho acabou bancando o candidato do PL ao Senado, que é o Paulo Martins. Resta saber se essa candidatura é viável, se herdará votos de Bolsonaro e, portanto, do Ratinho; ou se a disputa para o Senado ficará quase que restrita ao embate entre traído e traidor, entre Alvaro e Moro. Essa é a grande incógnita", pontuou.

De acordo com Censi, até o momento, as pesquisas mostram que a briga está acirrada entre Alvaro e Moro.

"Os dois estão muito próximos nas pesquisas, o que representa hoje um cenário de disputa entre o ex-padrinho político e o ex-afilhado político pela mesma vaga aqui no estado", citou.

Já para o governo, se o cenário parece estar desenhado entre Ratinho Jr. e Requião, por que partidos menores entram na disputa? Conforme o cientista político, as outras seis siglas usam a eleição como trampolim para alcançar projeção estadual.

“Esses partidos tradicionalmente têm pouca capilaridade, mas eles lançam nomes para ganhar projeção política e tentar, obviamente, aumentar o leque de possíveis eleitores e pessoas que, de alguma forma, serão atingidas por essas candidaturas. Ou seja, busca-se visibilidade para o partido. São candidaturas inviáveis do ponto de vista da disputa eleitoral pra valer”, detalhou.

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