O ex-deputado federal André Vargas (sem partido) recebeu alta do Hospital Evangélico nesta terça-feira (20), depois do período de internação por Covid-19. No último sábado (17), ele havia deixado a UTI do centro médico, o que aponta a gravidade do estado em que a doença o atingiu. “Estou agradecendo a Deus pela bênção da vida e de poder contar com o apoio de milhares de amigos por este Brasil afora. Faz 15 dias em que luto contra esse vírus, mas não luto sozinho. São médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e uma medicina de primeiro mundo praticada aqui no Hospital Evangélico de Londrina”, escreveu em sua rede social.

Imagem ilustrativa da imagem André Vargas tem alta após internação por Covid-19
| Foto: úcio Bernardo Júnior/Câmara dos Deputados

O político cassado pela Câmara dos Deputados em 2014, por quebra do decoro parlamentar por envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, também foi preso durante a operação Lava Jato. Ele foi condenado por três vezes. A primeira em 2015, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em que acabou tendo pena de mais de 13 anos. A outra em 2017, também por lavagem de dinheiro, condenado a mais quatro anos e meio de prisão. A última em 2018, pelo mesmo crime, e foi sentenciado a seis anos de reclusão.

Vargas teve o benefício da liberdade condicional há dois anos por decisão da 2ª Vara de Execuções Penais de Curitiba. Ele passou pouco mais de três anos no Complexo-Médico Penal, em Pinhais. A decisão foi tomada após ele cumprir 37% da pena da primeira condenação e ao início do pagamento parcelado da reparação de danos no valor de R$ 1.103.950,12. A FOLHA procurou André Vargas, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

CAMPANHA

O ex-deputado que também ocupou vaga na Assembleia Legislativa do Paraná e na Câmara dos Vereadores de Londrina está afastado do PT, do qual saiu após as denúncias, mas ofertou seu apoio ao candidato a vereador do PDT, Bernardo Pelegrini, no Facebook. Na postagem, ele não deixou de tecer críticas ao antigo partido. “Acho que, com a minha saída em prisão, o grupo que passou a comandar o partido foi descuidado com as lideranças historicamente ligadas a mim. Sem querer fazer nenhum prejulgamento, mas é o que constatei. Faltam 30 dias para o pleito e, até o momento, nenhum Candidato do PT veio me pedir o voto”, afirmou.