Curitiba - A aferição da temperatura corporal em repartições públicas e outros estabelecimentos de uso coletivo pode se tornar obrigatória no Paraná, ao menos enquanto durar a pandemia de Covid-19. Um projeto de lei relativo ao tema será votado nos próximos dias na AL (Assembleia Legislativa), que segue se reunindo de maneira remota.

Imagem ilustrativa da imagem Aferição de temperatura corporal pode se tornar obrigatória no PR
| Foto: Gustavo Carneiro

Assinam a proposta os deputados Luiz Claudio Romanelli (PSB), Ademar Traiano (PSDB), Alexandre Curi (PSB), Michele Caputo (PSDB) e Tercílio Turini (CDN). "A temperatura deve ser aferida por termômetros infravermelhos ou por imagem, a fim de verificar a presença de pessoas com quadro febril, sintoma comum entre os contaminados pelo novo coronavírus", diz trecho da justificativa.

Os parlamentares citam o Conselho Federal de Farmácia para argumentar que o termômetro infravermelho ou por imagem pode ser facilmente higienizado, além de trazer o resultado de forma rápida. A aquisição também seria de baixo custo.

O objetivo é, ao identificar medição igual ou superior a 37,5ºC, orientar a pessoa a procurar atendimento médico imediatamente. Nesse caso, ela fica impedida de entrar no local em questão, para evitar a proliferação do vírus e qualquer forma de contaminação.

Ainda segundo o texto, estabelecimentos que descumprirem a norma poderão ser multados em cinco UPF (Unidade Padrão Fiscal) do Paraná. Uma UPF/PR corresponde hoje a R$ 533,00. O valor poderá ser dobrado em caso de reincidência. Caberá à vigilância sanitária fiscalizar o cumprimento da normativa.

CRISE HÍDRICA

Nessa terça-feira (19), antes da sessão remota da AL, o diretor-presidente da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná), Claudio Stabile, foi chamado para falar com os deputados sobre a crise hídrica no Estado, resultado de longos períodos sem chuva.

De acordo com ele, a companhia tem tomado medidas preventivas para evitar racionamento de água. Entre as ações, diz, estão o rodízio nos sistemas integrados e em alguns sistemas isolados de abastecimento da RMC (Região Metropolitana de Curitiba), a antecipação de obras e o aproveitamento de reservas.