Lideranças políticas e comunitárias de Londrina e região tiveram um encontro nesta quarta-feira (21) para tentar uma saída para a reivindicação de moradores de Lerroville a respeito da implantação de um viaduto no acesso ao distrito, na PR-445, extremo sul do município.

A intervenção pedida pela comunidade chegou a fazer parte dos estudos iniciais de duplicação da rodovia, mas acabou não integrando o projeto final, que, por sua vez, contempla um viaduto cerca de 1 quilômetro adiante, na entrada do município de Tamarana.

Realizado no gabinete do prefeito Marcelo Belinati (PP), o encontro terminou sem solução imediata, mas, entre quem participou da agenda, há otimismo para uma definição favorável ao pedido.

“É uma ação política que a gente vai fazer para tentar convencer o DER. Tenho certeza de que a gente vai sensibilizar o secretário [de Infraestrutura e Logística do Paraná, Fernando Furiatti]. E, se for necessário, a gente vai até o governador”, adiantou o deputado estadual Tercilio Turini (PSD). Belinati informou, via assessoria de imprensa, também ter assumido o compromisso de buscar uma solução para o impasse.

Procurado por meio de sua assessoria de imprensa em Curitiba, o DER declarou em nota que “está aberto ao diálogo e permanecerá buscando uma solução que atenda as necessidades de mobilidade da comunidade de Lerroville”. Conforme o departamento, “o tema deve ser expandido em futuras reuniões com a Secretaria de Infraestrutura e Logística, com datas a serem marcadas.”

Novo lote é alternativa

Os custos de um viaduto em Lerroville são um dos entraves para resolver a questão. Uma das sugestões é transferir esse projeto para o lote de duplicação da PR-445 que ainda será licitado pelo governo do Paraná, em trecho que vai de Lerroville até Irerê. Atualmente, já está sendo executada a duplicação de Mauá da Serra até Lerroville, cuja conclusão está prevista para daqui um ano, em dezembro de 2023.

Mobilização continua

Uma das lideranças do grupo de moradores de Lerroville, o caminhoneiro Roberto Carlos Belisário, mais conhecido como Cachorrão, falou que saiu “otimista” da conversa desta quarta-feira, chamada por ele de “produtiva”.

Caso o resultado não seja o esperado, no entanto, a via pode ser bloqueada novamente, assim como ocorreu no início de dezembro. “Estamos brigando pacificamente. Se tiver que fechar a rodovia [PR-445] de novo, nós vamos fechar. Se tiver que acampar no canteiro de obras, nós vamos acampar. Nós não vamos parar, não”, prometeu Cachorrão.

Também participaram da reunião a deputada federal Luísa Canziani (PSD), membros da equipe de Belinati, vereadores de Londrina, Tamarana e Apucarana, o cacique da Terra Indígena Apucaraninha Natalino Marcolino, e demais assessores políticos da região.

Receba nossas notícias direto no seu celular! Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.