A educação pública se organiza com afinco para recuperar-se dos impactos provocados pelo fechamento de escolas durante a pandemia. O retorno presencial trouxe um senso de urgência que motivaram profissionais da área, organizações da sociedade civil e governos a trabalharem juntos para garantir um futuro de mais oportunidades para os estudantes.

Estima-se que 40% dos estudantes de seis e sete anos não sabem ler e escrever, o maior patamar desde 2012, conforme nota do Todos pela Educação divulgada em fevereiro de 2022, com base na Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE.

Segundo a Base Nacional Comum Curricular, a alfabetização deve estar concluída até o segundo ano do ensino fundamental, porém há alunos que estão no terceiro ano, mas têm dificuldade em escrever seu próprio nome. Esse não é um problema isolado.

A falta de oferta de atividades no turno complementar é um dos principais desafios das redes municipais, segundo pesquisa da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), divulgada em abril. Porém, parcerias com as organizações sociais de base comunitária contribuem para ampliar oportunidades de aprendizagem.

Os pesquisadores Naércio Menezes Filho e Luciano Salomão, do Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper, lançaram um artigo sobre os efeitos da educação de qualidade nos índices de desemprego e criminalidade. Nas localidades com melhor resultado houve uma diminuição de 25% nos homicídios, aumento de 14% nas matrículas no ensino superior e de 200% na geração de empregos.

Felizmente, o país já conta com diversas iniciativas de colaboração intermunicipais que tratam a educação como assunto de estado - não apenas de governo. Em ano de eleições, nós, cidadãos, temos de priorizar propostas que valorizem a continuidade das boas políticas educacionais e tornar a educação um compromisso de todos. Vestir essa "camisa", assim como fazemos nos jogos do Brasil durante a Copa do Mundo, é essencial em um ano de eleições. Já é mais do que hora de escolher nossos governantes usando a lente da educação de qualidade com equidade.

Angela Dannemann é superintendente do Itaú Social

Dedo no teclado

Com o trágico acontecimento em Foz do Iguaçu (assassinato do tesoureiro do PT (Marcelo Arruda), nem começou a propaganda eleitoral nos meios de comunicação e logo se deu o tom do que poderá ser a campanha para não largar ou tomar o osso com carne da presidência. Será que esta eleição será resolvida na bala? Voltaremos ao tempo das cavernas onde o presidente era escolhido na bordoada? Tanto falam em Deus, tanto usam seu Nome em vão, todavia querem apertar o gatilho e não o teclado da urna eleitoral. O povo precisa de paz, todavia meia dúzia de pessoas fazem de algo normal um cavalo de batalha. Com qual propósito? Apenas conturbar o ambiente? Ver o circo pegar fogo? Eleição se ganha e se perde, mas com gente é diferente como dizia o compositor. O melhor regime é a democracia que permite a liberdade de criticar até o que é certo ou não.

Manoel José Rodrigues (asistente administrativo) Alvorada do Sul

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