Quem imaginava que o mês de julho seria o ápice do inverno, pode deixar os casacos e os cobertores fora do armário porque vem mais frio por aí. Num 2021 atípico, tendo em vista o clima nos últimos anos, o inverno veio para cobrir toda a temporada e neste mês de agosto a previsão é de que venham mais três frentes frias, desta vez com incidência maior nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Imagem ilustrativa da imagem Vem mais frio em agosto
| Foto: Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress

Segundo os serviços de meteorologia, as ondas de frio estão previstas já para o início de agosto, pegando carona nos últimos dias de julho e se estendendo até o dia 5. Depois, os adeptos do calor poderão comemorar um veranico em pleno inverno, previsto para a terceira semana do mês, com temperaturas de até 30º e, na sequência, vem mais chuva trazendo nova onda de frio por volta do dia 18, além de outra, ainda, mais para o final do mês.

No Brasil, este inverno trouxe a certeza que nem tudo é quente nos trópicos, quem gosta do frio e reclamava de invernos quase inexistentes nos últimos anos, não pode mais se queixar. Tivemos junho e julho debaixo das cobertas, com o olho fixo no céu limpo prenunciando as geadas que castigaram o Paraná.

Tivemos cidades comemorando a neve ou mesmo a chuva congelada, coisas que muitas pessoas confundem afirmando que, simplesmente, "nevou". A diferença entre as duas coisas é a forma como se precipitam no solo. A chuva congelada cai em forma líquida e quando toca o solo congela. Já a neve, propriamente, é a precipitação de flocos que caem quando a atmosfera já está está bastante fria, próxima de 0º ou menos, segundo os especialistas.

Em algumas cidades do Paraná, como Clevelândia, caiu neve este ano, pouca coisa, é verdade, nada parecido com as cenas dos filmes de Natal que atraem turistas às cidades de RS, SC ou mesmo ao PR, onde Curitiba, por exemplo, já registrou neve em alguns invernos.

O prefeito Rafael Greca celebrava Curitiba nas redes sociais esta semana por sua atmosfera "europeia" no inverno, lembrando o DNA "eslavo" de parte da população, o que rendeu críticas de brasileiros como o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, para quem esses arroubos europeizantes não significam grande coisa.

Pelo sim, pelo não, vem mais frio por aí e os prejuízos inevitáveis às lavouras de um estado agrícola como o Paraná que depende de suas culturas para tocar a economia. Sem contar que o frio castiga a população mais pobre que no inverno sofre mais os efeitos do clima.

Mas com ou sem neve, é certo que vêm outras geadas e só em setembro teremos temperaturas mais amenas sem precisar correr para a cama, quase morrendo de frio, nas noites longas que são típicas desta temporada de dias encurtados pelo horário do nascer e do pôr do sol.

A FOLHA deseja um bom final de inverno aos seus leitores!

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