Urnas resistentes ao ataque de hackers
PUBLICAÇÃO
sábado, 21 de novembro de 2009
Antes da evolução para o sistema eletrônico, afirmava-se que os votos eram depositados em urnas indevassáveis. Indavassável, hoje, significa que a urna tem que ser, também, resistente a eventuais ataques de hackers. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez testes de segurança nas urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições de 2010 e concluiu, ontem, que elas são totalmente seguras.
Portanto, o sistema adotado pelo Tribunal no ano que vem é de tal forma precavido que nenhum hacker conseguirá invadir e plantar maldades. Trocando em miúdos: depois de submeter as urnas a hackers e especialistas em computação - que tentaram burlar a segurança do sistema -, o TSE concluiu que ele está protegido contra fraudes.
É válida a preocupação do TSE. Quem quiser saber o desgaste e o prejuízo de um vazamento de informação pergunte aos organizadores do Enem. Bastou o MEC negligenciar e deu no que deu. As provas foram alvo da fraude mais grosseira.
Com a garantia do TSE, ninguém duvida da inviolabilidade das urnas e da eficácia na condução do processo. Isto, porém, ocorre após o sufrágio e não é suficiente para garantir a qualidade e a autenticidade do resultado. Também não garante que prevaleça a democracia.
Exemplo? O uso da máquina distorce e rouba o sentido democrático de uma eleição. As práticas de compra indireta de votos são outro artifício. É preciso fiscalizar as campanhas. Elas vivem carregadas de artifícios. O uso da máquina ocorre de duas formas, a ostensiva, com inaugurações que viram palanques. E as articulações que visam cooptar aliados. A propaganda oficiail do governo costuma ser permeada por disfarçados apelos eleitorais.
A segurança das urnas está garantida. A lisura da campanha e do pleito é algo mais amplo. Falta a certeza de que nenhum rolo compressor deturpará a livre escolha e que o abuso do horário nas TVs não fique impune. Em tempo: em estados onde a oposição é governo, o uso da máquina também é fato.