Há muita discussão em torno do que seria um novo normal para a volta às aulas presenciais nas redes públicas e privadas de todo o País. Com a epidemia de Covid-19 ainda a todo vapor em muitas regiões do Brasil, muita gente questiona se será possível um retorno nos próximos meses.

No estado de São Paulo a discussão está se encaminhando para retornar presencialmente - porém com rodízio de estudantes – no próximo dia 8 de setembro. Mas há condições para que isso se concretize: o estado precisa se encontrar durante pelo menos 28 dias na fase amarela do plano de reabertura da economia paulista.

Nenhum município do estado vizinho se encontra nessa condição, que prevê a flexibilização com abertura controlada de comércio e serviços a 40% da capacidade, além de bares e salões de beleza. Hoje, todas as cidades se encontram na fase vermelha (alerta máximo, sem abertura) ou laranja (controle, com abertura de comércio e serviços a 20% da capacidade). A medida vale para atendimento a estudantes desde creches até universidades.

O retorno às aulas em qualquer nível durante e pós-pandemia é uma discussão muito complexa. A suspensão das aulas presenciais foi uma medida extremamente necessária no combate à disseminação do novo coronavírus, mas não podemos minimizar o impacto que a pandemia terá no desempenho escolar do ano 2020. Principalmente para os alunos que não tiveram condições satisfatórias para acompanhar as aulas remotas.

Na UEL (Universidade Estadual de Londrina), a reunião do Cepe (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão) que decidiu a retomada do calendário acadêmico no dia 29 de junho de forma remota para os cursos de graduação demorou mais de cinco horas.

Suspensas desde a vigência do estado de calamidade pública, em março, as atividades presenciais na universidade estão proibidas até o dia 5 de julho, prazo que deve ser estendido por conta do avanço da pandemia. Na ocasião, também ficou aprovado o novo calendário letivo, com 276 dias. A FOLHA detalha nesta edição as etapas da retomada das atividades na UEL.

Mas como o próprio reitor Sérgio Carvalho adiantou, não é possível fechar com certeza prazos e datas. “O horizonte de combate ao coronavírus é um horizonte de mais de um ano, até que tenhamos uma vacina popular e acessível, então este plano de contingência ficará em stand-by".

Hoje já é clichê dizer que o mundo pós-pandemia não será mais o mesmo. Mas essa teoria é potencializada na área da educação. Os desafios de gestores de saúde, educação e segurança serão intensificados para evitar evasão escolar, falta de concentração, desinteresse e desigualdades no aproveitamento e aprendizado.

Uma coisa é certa: a retomada não será tão simples e nem caberá àquela velha pergunta: “de onde paramos?”

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